Petrúcio leva ouro e quebra recorde dos 200m no Mundial de Londres

Paraibano completa dobradinha de títulos no Estádio Olímpico com a melhor marca da história da prova; Thiago Paulino é ouro no disco<br>

Petrúcio e Yohansson
O brasileiro Petrúcio Ferreira conquistou neste sábado, 22, sua segunda medalha de ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres. (Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)

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O brasileiro Petrúcio Ferreira conquistou neste sábado, 22, sua segunda medalha de ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres. O velocista paraibano faturou o título dos 200m da classe T47 (amputados de braço) e estabeleceu um novo recorde mundial para a prova. No campo, horas depois, Thiago Paulino também somou sua segunda láurea dourada no evento, agora no lançamento de disco. O Brasil totaliza 21 medalhas (oito de ouro, sete de prata e seis de bronze) na competição, que se encerra neste domingo.

Aos 20 anos, Petrúcio baixou seu próprio recorde mundial para 21s21- a antiga marca era de 21s49, estabelecida por ele em abril de 2015. A exemplo do que ocorreu nos 100m, ele teve companhia de outro brasileiro no pódio. Yohansson Nascimento ficou com a prata, ao cruzar a linha de chegada em 21s96. A terceira posição da prova ficou com o polonês Michael Derus, que registrou 22s08.

- Eu estava me sentindo muito bem, absolutamente bem treinado, mas não imaginava que poderia ser tão veloz quanto fui hoje. A queima da largada nos 400m [na quarta-feira] me deixou chateado, mas me motivou para voltar aqui e dar o meu melhor nesta prova. Estou feliz demais com esse resultado e de estar representando bem o nosso país juntamente com o Yohansson - disse Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos de idade e perdeu parte do braço esquerdo.

- Não tem como estar mais satisfeito, não tinha como haver resultado melhor do que ter dois brasileiros no topo do pódio. Com mais essas conquistas, chego a dez medalhas em Campeonatos Mundiais, então só quero ir para casa para descansar um pouco e continuar o trabalho porque até 2020 eu e Petrúcio vamos dividir muitos pódios mundo afora - afirmou Yohansson, dono de três ouros, cinco pratas e dois bronzes em Mundiais desde sua estreia, em Assen 2006.

Cerca de duas horas mais tarde, foi a vez de Thiago Paulino colecionar o seu segundo título em Londres. Após abrir o Mundial com a vitória no arremesso de peso, o paulista de Orlândia faturou o ouro no lançamento de disco. Em sua última tentativa, ele alcançou 46,58m - o suficiente para ultrapassar o croata Miroslav Petkovic, prata com 45,99m. O chinês Guoshan Wu foi bronze, com 45,62m.

Aos 31 anos, Thiago chega, assim, às suas primeiras conquistas em nível internacional - antes havia ficado com a quinta posição nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e em sétimo lugar no último Mundial, em Doha (Catar), em 2015, no arremesso de peso. Thiago amputou a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010.

Por fim, na final dos 100m T36 (paralisados cerebrais), Rodrigo Parreira superou uma lesão na coxa direita e conquistou a quarta medalha do Brasil no dia. O goiano radicado em Uberlândia cumpriu a distância em 12s28. O pódio também foi composto pelo chinês Yifei Yang, que fez o tempo de 11s93, e pelo Mohamad Puzi, da Malásia, com 12s15. O brasileiro de 22 anos chega à sua terceira medalha no Mundial - já havia sido bronze nos 200m e prata no salto em distância.

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