Isaquias Queiroz mira medalha em Tóquio-2020 por legado de Morlán

Atleta foi eleito o melhor do ano no Prêmio Brasil Olímpico; após conquista, Isaquias relembrou influência do treinador Jesús Morlán em sua carreira

Isaquias Queiroz é eleito o melhor do ano no Prêmio Brasil Olímpico
Isaquias recebe o prêmio de melhor do ano de Paulo Wanderley, presidente do COB (Foto: Wander Roberto/COB)

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Ao mestre, com carinho. Eleito o melhor atleta do ano masculino e na canoagem slalom no Prêmio Brasil Olímpico, nesta terça-feira, Isaquias Queiroz fez questão de dedicar seus troféus a Jesús Morlán. Seu treinador e de Erlon de Souza, que faleceu em 2018 vítima de um tumor no cérebro, revolucionou a canoagem brasileira. O argentino levou o país a três medalhas em Olimpíadas e dez em Mundiais.

O nome do técnico não poderia passar despercebido em meio aos agradecimentos da noite. Para Isaquias, o ano de 2018 foi oscilante, mas a morte de Jesús deixa um objetivo ainda mais claro no horizonte: uma medalha olímpica em Tóquio-2020.

- Foi um ano de altos e baixos. No Mundial, tivemos um grande resultado, junto com o Jesús. Ainda bem que ele estava com a gente, podendo nos ver remando. A perda dele foi enorme para a gente. Mas ele foi um cara que nos ensinou muitas coisas, até mesmo a lidar com uma perda muito grande. para nós (Isaquias e Erlon de Souza), agora é muito mais importante poder manter o foco e treinar firme, para em Tóquio ganhar a medalha que ele tanto desejava, que era a décima medalha da carreira dele - disse Isaquias.

Morlán assumiu a Seleção Brasileira de canoagem em 2013. Nesses cinco anos de convivência, a influência do ex-treinador não se restringiu às águas; Jesús era constantemente tido como "inspiração" para assuntos cotidianos. A ausência do comandante faz com que Isaquias relembre até os puxões de orelha durante a rotina de exercícios. 

- A gente sempre usou ele como uma inspiração de nunca desistir da vida ou do seu objetivo, né? Sempre lembraremos dele nessa parte. Vivemos bastante coisa juntos, então dá para lembrar até das broncas. Quando a gente começa a pisar no freio ali, a dar uma molezinha, aí já fala. 'Epa, se ele estivesse aqui já ia dar uma bronca, então vamos seguir um pouco mais fortes’. É uma coisa que a gente vai levar pra sempre. Não só no esporte, mas como pessoa ele demonstrou muita coisa para gente. Carinho, afeto e atenção - disse.

Com a morte de Jesús Morlán, seu auxiliar Lauro de Souza Júnior assumiu o cargo de treinador da Seleção. O planejamento para Tóquio-2020, todavia, seguirá sendo o proposto pelo argentino, como revelou Isaquias.

- Jesús Morlán é um treinador fora de série. Ele já deixou tudo pronto até 2020 já. Então, a gente já sabe mais ou menos o caminho que a gente tem que seguir até 2020 - finalizou Isaquias Queiroz.

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