Hadjar supera punição na sprint e vence corrida 2 da F2, na Austrália. Bortoleto abandona

Isack Hadjar deu a volta por cima e venceu a corrida principal da rodada da Fórmula 2.

Isack Hadjar
Isack Hadjar vence na Austrália (Foto: Red Bull Content Pool)

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Isack Hadjar seguiu os versos do samba de Jorge Aragão ao levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima e vencer a corrida 2 da rodada da Austrália da Fórmula 2. O francês, que perdeu a vitória da sprint após ser punido em 10s, colocou-se na liderança ao ganhar a posição de Andrea Kimi Antonelli nos boxes, esperando apenas o momento em que os ponteiros parariam para a troca obrigatória de pneus.

A liderança definitiva veio na volta 31, mas Hadjar nem esperou que todos os que estavam com compostos médios à sua frente parassem, realizando várias ultrapassagens ao longo da prova. E o resultado da sprint, na verdade, ainda está em análise, uma vez que a Campos optou por acionar o direito de revisão da punição.

Paul Aron terminou em segundo, com Zane Maloney, líder do campeonato, fechando em terceiro. Antonelli terminou em quarto, à frente de Ritomo Miyata. Richard Verschoor, Franco Colapinto, Rafael Villagómez, Victor Martins e Oliver Bearman fecharam o top-10.

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A PROVA

Com o céu bastante encoberto, os termômetros marcavam 17°C de temperatura ambiente, com o asfalto em 23,2°C — relativamente fria e criando um artifício a mais por conta do aquecimento dos pneus. A estratégia, aliás, ficou dividida entre médios e supermacios. Maini, em terceiro, resolveu arriscar e calçar os compostos de faixa amarela, enquanto a maioria dos líderes colocaram os pneus de faixa roxa.

Luzes apagadas, Hauger sustentou a liderança, sendo seguido de perto por Antonelli. Maini, no entanto, despencava para sétimo, enquanto Bearman, que foi apenas 16º no grid, surgia numa surpreendente nona colocação.

Outro que partiu muito bem foi Martins, saltando de último para 12º. Bortoleto, em contrapartida, perdia um posto e fechava o giro 1 em décimo, enquanto Fittipaldi era o 19º. No segundo giro, o pupilo da Mercedes não quis saber de perder tempo e ultrapassou Hauger na curva 11, porém Hauger logo recuperou a ponta na força da asa móvel. Enquanto isso, Maloney já era o terceiro ao ultrapassar Verschoor.

Cinco voltas completadas, Bortoleto já levava o carro aos boxes e caía para último. Enquanto isso, tanto Hauger quanto Antonelli avisavam às equipes pelo rádio que já sofriam para segurar o carro com os supermacios. E não eram apenas eles que apanhavam: a imagem recuperada mostrou Martins quase acertando o muro no mesmo ponto em que bateu na classificação. Maloney, por sua vez, pegou um pedaço da brita na 9 deixou o caminho livre para Maini — com o rendimento dos médios cada vez melhor.

Na volta 7, o virtual safety-car entrava em ação após Dürksen ficar parado na área de escape segundos depois de Maini ultrapassar Antonelli e assumir o segundo posto. E Bortoleto retornava aos boxes, dessa vez para abandonar para valer a disputa.

Pista liberada na abertura do giro 9, e Maini não tomou conhecimento de Hauger, assumindo a liderança e provando que, até então, a estratégia fora acertada. Imediatamente, a turma dos pneus supermacios entrou para colocar os compostos de faixa amarela.

Hauger voltou em 11º, com Antonelli e Aron ganhando a posição de Maloney. Só que o norueguês, com os pneus ainda frios, travou o dianteiro esquerdo, perdeu o controle e bateu muito forte na traiçoeira curva 6, levando muita sujeira para a pista. Dessa vez, o carro de segurança entrou em ação.

Posições restabelecidas, Maini era o líder, seguido por Correa, Fittipaldi, Crawford, Stanek, Barnard — os seis ainda sem paradas —, Hadjar, Antonelli, Aron e Miyata fechando o top-10. Na abertura do giro 16, o safety-car saiu de cena, e Maini puxou a fila, enquanto Fittipaldi deu o lado de fora para Crawford buscar a terceira posição. Na curva 1, a manobra de defesa deu certo, mas o americano da DAMS prevaleceu nas curvas seguintes, pulando para terceiro. Stanek veio no embalo, e Enzo caiu para quinto.

Pouco mais atrás, Hadjar — o primeiro da fila já com a troca obrigatória realizada — abria caminho e ganhava a posição de Fittipaldi. Bom pega também entre Maloney e Miyata, companheiros de equipe na Rodin, com o japonês se defendendo bem, porém o barbadiano aproveitou o vácuo na reta principal e deixou Miyata para trás, subindo para décimo. Volta 20, Hadjar passou Stanek e já surgia em quarto. A distância real para Maini, ainda precisando parar, era de 7s, e com Correa e Crawford também tendo de trocar pneus.

No giro 24, Stanek fritou pneus e por pouco não passou reto em disputa de posição com Fittipaldi. Aron, Antonelli e Maloney também se meteram na disputa e, numa bobeada do brasileiro, todos conseguiram a ultrapassagem sobre o piloto da Van Amersfoort, que caiu para oitavo. Stanek foi superado pelo pelotão. Maloney, então, ganhou o posto de Kimi na curva 9, posição que daria a ele a virtual terceira colocação.

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