Equipe brasileira de surfe estreia em competição olímpica

Nesta terça-feira, Ian Gouveia, Raoni Monteiro, Wesley Dantas e Elivélton Santos representam o país na França; Suelen Naraisa e Jaqueline Silva param na terceira fase

ISA World Surfing Games
ISA World Surfing Games é a primeira competição do calendário olímpico do surfe (Foto: Sean Evans /ISA)

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A disputa masculina do World Surfing Games - primeira competição do ciclo olímpico do surfe para Tóquio-2020, organizado pela Associação Internacional de Surfe (ISA, em inglês) - começou nesta segunda-feira, em Biarritz (FRA), porém, a estreia dos brasileiros só acontecerá na terça. Na competição feminina, as brasileiras Suelen Naraisa e Jaqueline Silva começaram muito bem suas participações, mas acabaram eliminadas na terceira fase da competição, disputada no último domingo.

O time formado por Ian Gouveia, (27º no ranking mundial), Raoni Monteiro, (integrante do WCT por oito temporadas consecutivas), além dos jovens Wesley Dantas (irmão de Wigolly e campeão mundial júnior em 2016), e Elivélton Santos (vice-campeão mundial júnior em 2014), gera grandes expectativas na Confederação Brasileira de Surfe (CBSurfe). A competição masculina se encerra neste domingo.

- Minha expectativa é muito boa. Já competi algumas vezes no ISA Games. Inclusive disputei uma final no Panamá, quando fiquei na quarta colocação. É muito legal estar aqui e participar da competição. É um evento de muito prestígio, com delegações do mundo inteiro, e que agora tem um algo a mais, já que é o primeiro evento do ciclo olímpico. Dá pra começar a sentir um gostinho de como seria uma classificação para os Jogos. Com certeza estaremos fortes em Tóquio-2020 - comentou Ian Gouveia, que é filho de Fábio Gouveia, primeiro brasileiro a conquistar um título mundial, justamente no ISA Games, em Porto Rico (1988), como amador.

A estreia das mulheres em Biarritz ocorreu no último sábado. Suelen Naraisa fechou em primeiro sua bateria na primeira (10,10) e segunda fases (10,50). Jaqueline Silva, por sua vez, somou 11,27 e ficou com a segunda colocação na estreia, avançando também em segundo no Round dois, com 10,24.

A terceira fase, no entanto, não foi bom para as brasileiras, que acabaram eliminadas no último minuto de suas baterias. Além das duas, o Brasil levou para a França a jovem Carol Bonelli, de 15 anos, para observar a competição e começar a se familiarizar com torneios internacionais.

- Nossa expectativa era chegar à semifinal ou à final, mas, como em toda competição, existe também o fator sorte. Infelizmente, as duas perderam faltando 30 segundos para o fim da bateria. Essas coisas acontecem. De toda forma, temos um trabalho a ser feito e acho que há muita estrada pela frente para o surfe feminino em geral. Vamos focar muito agora nesse trabalho da categoria para formar um time olímpico - comentou Andréa Lopes, manager da equipe feminina brasileira em Biarritz e ex-surfista profissional.

A França foi o grande destaque entre as mulheres, com Paulina Ado (FRA) subindo no lugar mais alto do pódio ao somar 12,17. Johanne Defay (FRA) foi a vice (10,43).

Brasil é candidato a sede em 2018

A competição em Biarritz (FRA) também ficou marcada pela oficialização da candidatura do Brasil para receber o ISA World Surfing Games no ano que vem. O ato aconteceu no último domingo, quando o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, e o presidente CBSurf, Adalvo Argolo, se reuniram com Fernando Aguerre, presidente da International Surfing Association (ISA) para formalizar a intenção de que a cidade de Búzios (RJ) receba o maior campeonato de surfe por países do mundo.

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