Boxe: Luiz Gabriel de Oliveira leva bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude

Após cinquenta anos, neto de Servílio de Oliveira repete feito do avô e vence irlandês Patrick Clancy por decisão unânime dos juízes e sobe ao pódio olímpico<br>

Luiz Gabriel de Oliveira
Luiz Gabriel de Oliveira dedica vitória ao avô: 'É um sonho que consegui'(Foto: Divulgação/COB)

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Cinquenta anos depois, mais um pugilista da família Oliveira sobe ao pódio olímpico, desta vez nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018. No peso-mosca, Luiz Gabriel de Oliveira, neto de Servílio de Oliveira, primeiro brasileiro medalhista olímpico no boxe (Cidade do México 1968), repetiu a façanha e a cor da medalha do avô. O bronze olímpico veio com a vitória sobre o irlandês Patrick Clancy, nesta quarta-feira, dia 17, por decisão unanime dos juízes.

- Essa medalha é um sonho que consegui realizar e que vai ficar para a história. Cinquenta anos depois, eu consigo conquistar a mesma medalha que meu avô. Estou muito feliz - celebrou o jovem de 17 anos. 

O boxe é uma questão familiar para os Oliveiras. A medalha olímpica de Servílio, na Cidade do México, sempre foi uma inspiração para o garoto, que começou no boxe aos dez anos assistindo aos treinos do pai, Ivan de Oliveira, em São Caetano do Sul.

- Meu avô sempre me mostrava a medalha e eu não entendia muito o que ela significava. Mas o tempo foi passando e eu fui querendo conquistar uma igual. Ele sempre disse que eu tinha condições de chegar no mesmo nível que ele. Nossa família vem do boxe e já sabemos o caminho - ressaltou. 

Para chegar ao pódio em Buenos Aires, Luiz, que foi porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura do evento, venceu a primeira luta por WO contra o afegão Sultan Mohammad Naeemi, que não apareceu para a pesagem e foi desclassificado, e perdeu a semifinal para o tailandês Sarawut Thasukthet. A vitória sobre o irlandês Patrick Clancy valeu o bronze e uma das mais bonitas histórias do Time Brasil em Buenos Aires.

Assim como Servílio, que conquistou sua medalha olímpica aos 20 anos, os resultados já começam a aparecer bem cedo para Bolinha. No último Mundial Juvenil, em agosto, na Hungria, alcançou a medalha de bronze, melhor resultado de sua ainda curta, mas promissora, carreira. Convocado para a seleção juvenil pela primeira vez em meados do ano passado, conquistou o título de campeão continental, em maio, nos Estados Unidos, e a prata em um torneio no Equador, em julho, além do bronze no Mundial.

O Time Brasil já tem outra medalha garantida no boxe. Na noite desta quarta-feira, às 19h15, Keno Marley enfrenta o argelino Douibi na final do peso médio (-75kg).

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