Atleta paralímpica ganha medalha inédita no dia da morte do pai

Cátia Oliveira foi vice-campeã mundial paralímpica da classe SF1-2 no tênis de mesa, na Eslovênia e dedicou a conquista ao pai morto horas antes, vítima de ataque cardíaco

Cátia Oliveira
Atleta perdeu o pai logo depois de conquistar medalha de prata inédita (Foto: Roberto Castro/rededoesporte.gov.br)

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A atleta paralímpica Cátia Oliveira, de 27 anos viveu uma mistura de emoções, na tarde deste sábado. A atleta do tênis de mesa perdeu o pai logo depois de conquistar a inédita medalha de prata na classe SF1-2 do Campeonato Mundial Paralímpico da Eslovênia. Flávio Alves, conhecido como “Preto” morreu vítima de ataque cardíaco, em Cerqueira César (SP). Cátia ficou sabendo da notícia pouco antes da cerimônia de premiação. Muito emocionada, ela fez questão de ir ao pódio para homenagear o pai, que sempre colocava as medalhas no peito da filha, quando tinha oportunidade.

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa lamentou a perda da atleta e prometeu apoiá-la neste momento difícil.

– É com muita tristeza que recebemos essa notícia, num dia de tamanha alegria para o nosso esporte, que conquistou uma inédita medalha de prata no Mundial. A família é a coisa que mais prezamos no tênis de mesa. Tomara que Cátia, que é uma atleta que já superou um grave acidente quando era adolescente, tenha forças para superar essa perda. No que depender da CBTM, daremos todo o apoio – disse o presidente da entidade, Alaor Azevedo.

Medalha Inédita

No início da manhã deste sábado, Cátia Oliveira foi derrotada pela sul-coreana Su Yeon Seo, na decisão da classe SF1-2 do Mundial, em Celje, na Eslovênia, por 3 a 0 (3-11, 10-12 e 11-13), ficando com o vice-campeonato.

Este foi o primeiro Mundial de Cátia, que já tinha disputado os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. A atleta paralímpica tinha o sonho de ser jogadora de futebol, quando teve a carreira interrompida por um acidente automobilístico. Ela começou a praticar tênis de mesa em 2013.

Cátia foi a atleta brasileira que conseguiu chegar mais longe em disputas individuais na história dos Mundiais. Em 2014, na China, o Brasil conquistou três medalhas de bronze, entre disputas individuais e de equipes. Em 2017, na Eslováquia, no Mundial por Equipes, Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos ganharam o ouro na classe SF9-10.

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