Agora no Internacional, Camilo reforça torcida pelo Botafogo: ‘Foi realmente lindo, muito gratificante’

Meia do Colorado fez parte do início da campanha do Glorioso na Libertadores, na qual o próximo desafio é nesta quarta, contra o Grêmio. Meia lembra passagem pelo Alvinegro

Camilo
(Foto: Ricardo Duarte)

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Foi no Botafogo que Camilo viveu a melhor fase da carreira. Ano passado, ele liderou o meio-campo de uma equipe que arrancou da zona de rebaixamento e chegou à Copa Libertadores. Na aventura continental do Glorioso, já em 2017, ele esteve em parte da campanha, mas foi perdendo espaço e optou por se transferir para o Internacional - coincidentemente, maior rival do Grêmio, rival do Glorioso nesta quarta-feira. No Colorado, o ex-camisa 10 alvinegro se recupera de lesão na panturrilha esquerda antes de dar sequência aos seis jogos disputados em quase dois meses de clube.

Mas ele admite, em entrevista exclusiva ao LANCE!, que não esquece a torcida pelo sucesso do clube da Estrela Solitária. Apesar do final apagado, ele entende que foi uma opção profissional clara que tomou. Ficaram os amigos e os momentos marcantes. Teve até gol de bicicleta, contra o mesmo Grêmio que o Alvinegro enfrenta nesta noite.

- O Botafogo representa muita coisa na minha carreira. Foi onde cheguei na Seleção, criei uma identificação muito grande com o torcedor. Foi realmente lindo, muito gratificante ter vestido a camisa do Botafogo - lembra.


Quais os melhores momentos?
A grande campanha que o time fez. O time estava ajeitado, demos uma arrancada muito forte. Criamos certa identidade com o clube. O ano de 2016, com certeza, vai ficar marcado, e alguns jogos em 2017, na Copa Libertadores.

Relação com o clube
Por ter jogado no Botafogo a maioria das pessoas me pergunta o que vai acontecer com o time, pela proporção que a campanha tomou. Falo que o Botafogo costuma pregar peças, tem jogadores intensos e que se abraçam muito. Estão vivendo um excelente momento no Campeonato Brasileiro e fica a torcida para que o time possa fazer um grande jogo. Vou torcer pela classificação, claro. Não tem como não torcer. Muita gente lá me abraçou desde o início.

Mantém contato com jogadores?
Eu e o Pimpão nos falamos sempre antes das partidas minha ou dele. De vez em quando falo com o Roger e com alguns outros do grupo, pelas redes sociais. O Bochecha entrou em contato comigo também, recentemente. A gente vai curtindo, é legal ver o sucesso dos companheiros.

Você olha para trás e...
Fico muito tranquilo. Em termos coletivos, nós adquirimos uma maneira de jogar de entrega total no jogo. Quem vai sempre ficar mais próximo de algo (sucesso) individual é o Roger, o Pimpão e o Bruno Silva, que vive grande fase. Eu estava muito feliz, até certo momento. Não tenho do que reclamar, tomei minha atitude para ganhar novos ares.

Algum arrependimento?
Arrependimento, não. Não tenho. Fui bastante maduro e bastante direto no clube, em coisas internas. Briguei pelo grupo. Quando cheguei, alguns atletas pediram para eu brigar por algumas situações. Eu nunca tinha sido disso, mas abracei a causa.O futebol é momento. Quem tem força no grupo os jogadores abraçam. Fui levando isso até 2017, quando algumas situações não soaram bem. Mas sempre foi em prol do grupo. E algumas situações pessoais também.

Parceria com Montillo
Engraçado que eu estava contente com a contratação do Montillo porque eu já o conhecia dos tempos de Cruzeiro. O Botafogo havia contratado um jogador de seleção, com uma expectativa grande. Começamos até bem, pelo pouco tempo de preparação. O Montillo foi muito bem em alguns jogos, eu estava ajudando o grupo. A expectativa era grande pela sequência, mas ela nunca veio. Pelas lesões, acabou não acontecendo. Foi triste a notícia da aposentadoria, por tudo que ele estava vivendo. Hoje, vejo videos dele e 2018 promete. Quem sabe o Botafogo abre a porta, se ele também quiser. Vai ser bem bacana, e que ele reescreva a historia. Eu acho que sim. Acho que ele volta a jogar.

Qual a expectativa para Grêmio x Botafogo?
O Botafogo, em termos físicos, está muito mais inteiro do que no início da Libertadores. A opção do esquema tático facilita muito aproximação de linhas. É difícil jogar no campo do Botafogo, pelo contra-ataque forte, pelas saídas do Bruno e do Pimpão, que são muito intensas e pelo Roger, que é um goleador. Vinha sendo muito criticado no início, mas a gente sabe que, pelo esquema tático, ele acaba sacrificado. Tomara que ele possa ter êxito. E tem outros jogadores muito qualificados. E o Grêmio tem uma posse de bola muito forte. Joga de uma forma bem natural, confiante nas partidas. De repente, eles vão estar nervosos pelo últimos resultados não terem sido tão bons. Outras equipes ganharam aqui em Porto Alegre, o próprio Botafogo, no ano passado. Acredito que vai ser um grande jogo. Estou aqui na torcida pelo Fogão.

Palpite?
Difícil... placar de 1 a 1, aí passa o Fogão. Jogo de empate com gol. Ou 1 a 0 para o Botafogo.

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