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‘De 0 a 10, já andamos 8’, diz presidente do Bahia sobre formação de liga no Sports Summit

Dirigentes esclareceram pontos a serem resolvidos para formação de nova liga brasileira

Sports

Dirigentes que participaram de congresso nesta quarta, em SP (Reprodução/Instagram/Sports Summit)

Lance! - 27/04/2023 - 14:32

Lance! - 27/04/2023 - 14:32

Dirigentes de cinco clubes da Série A do Campeonato Brasileiro participaram na noite da última quarta-feira (26) de um congresso na Sports Summit, evento que trata de gestão esportiva realizado em São Paulo (SP), no estádio do Pacaembu. E o assunto, claro, foi o da formação da liga. Otimistas, os cartolas se mostraram confiantes para que o projeto saia do papel.

- As divergências já foram bem maiores antes. A divisão de receitas hoje é praticamente a mesma que os dois grupos pedem. Há outros temas que não são principais, mas que representam desafios. Se eu pudesse matematizar os desafios, de 0 a 10, talvez a gente já tenha andado a sete ou oito. Esses dois ou três (pontos restantes) aparentam curta distância, mas se não chegarmos a um bom senso, esses dois ou três não vão ser alcançados. Chegamos a um caminho de bom senso no modelo de divisão dos recursos - apontou Guilherme Bellintani, presidente do Bahia.


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Bellintani se refere aos desacordos entre Libra e Forte Futebol, os dois principais grupos aos quais os clubes das séries A e B (18 no primeiro, incluindo o Bahia, 26 no segundo, respectivamente).

O impasse vivido dentro da Libra passa pela divisão das receitas. É o ponto de discórdia com a Liga Forte Futebol, grupo que reúne outros 26 clubes e que discordam dos termos propostos pela outra aliança. Há o entendimento de que na Libra a diferença entre o primeiro e o 20º clube da lista é muito desproporcional.

No mês passado, em uma reunião na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol), mais uma vez a divisão de dinheiro foi alterada para se tentar se chegar a um consenso. E alguns tópicos dessa divisão de receitas foram alterados.

Além disso, a LFF é contrária a dois tópicos do estatuto da Libra: estabilidade e unanimidade. A primeira garantiria, por exemplo, que Flamengo e Corinthians, atualmente os que mais recebem da televisão, mantenham o status pelos próximos anos.

A unanimidade garante que qualquer mudança nas regras da futura liga seja feita somente após votação igual de todos os clubes.

A resistência principalmente do Flamengo em rever os dois quesitos fez com que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, subisse o tom contra os cariocas no início do mês.

A LFF já tem encaminhado um acordo com um fundo de investimentos que pagaria mais de R$ 2 bilhões para gerir a Liga. Enquanto a Libra tem um parceiro engatilhado, mas que exige que todos os 40 clubes de Série A e B estejam no mesmo grupo para fechar o contrato. Ou seja, o fundo de investimentos não admite que existam dois grupos, algo que o fundo da LFF é mais flexível. A expectativa é de que até junho possa haver alguma grande mudança nas conversas das partes.

- Eu vejo a situação atual como um avanço. Antes eram 40 cabeças pensando diferente. Hoje só são duas. Todo mundo quer a liga. Estamos caminhando para achar o modelo ideal. Estamos em convergência, falta pouco. Estamos no caminho para juntar todo mundo, dar esse passo, fazer com que o futebol brasileiro cresça - disse o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, da LFF.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, da Libra, pediu pressa para que se defina a questão.

- O futuro do futebol é a formação de uma liga. Ou formamos a liga ou mais tarde seremos julgados por cartolas incompetentes. Chegamos um ponto que o tempo corre contra, sabemos disso. O dinheiro está na mesa, o investidor está na mesa, e todos queremos a mesma coisa, se não fizermos é porque não fomos competentes na equação das diferenças. Temos que ter um limite e chegamos próximo disso. O tempo trabalha contra a profissionalização do futebol. Não há mais espaço no futebol atual para bravatas de dirigentes.

Confira como está a divisão dos clubes atualmente:

Libra: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.

LFF: ABC, Athletico, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.

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