Simulação em Inter x Caxias pode render punição longa a Zago, explica presidente do TJD-RJ

De acordo com Marcelo Jucá Barros, treinadores não estão imunes a ser julgados também por simulação. Risco é de que Antônio Carlos Zago pegue de duas a seis partidas de gancho

Simulação de Antônio Carlos Zago no jogo Internacional x Caxias ontem
'Simulação tem que ser punida com rigor, árbitro não é palhaço', diz Assumpção (Foto: Ricardo Duarte)

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A cena esdrúxula que Antônio Carlos Zago protagonizou na partida em que o Internacional despachou o Caxias e foi para a decisão do Gauchão pode render dores de cabeça ao técnico nas próximas rodadas. Presidente do TJD-RJ, Marcelo Jucá Barros detalhou que a tentativa clara do técnico do Internacional em simular que sofreu uma agressão de um atleta do Caxias, está prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva:  

- O treinador não está imune a ser julgado também em casos de simulação. A Procuradoria do Rio Grande do Sul pode oferecer denúncia caso o fato vá para a súmula do árbitro, ou ao assistir às imagens da partida. Neste episódio de Antônio Carlos Zago, a simulação é muito explícita - afirmou, ao LANCE!.


Barros ainda apontou o período no qual o treinador pode ficar de fora dos gramados:

- Este caso é enquadrado com base no Artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por assumir "qualquer atitude contrária à desportiva ou à ética desportiva". A punição prevista é de duas a seis partidas, caso seja punido.

COLUNISTAS DO LANCE! REPUDIAM: 'ZAGO NÃO APRENDEU A LIÇÃO"

A atitude de Antônio Carlos Zago também foi questionada por especialistas. Colunista do LANCE!, João Carlos Assumpção lamentou novamente o técnico aparecer por um episódio polêmico:

- Vindo do Antônio Carlos, não me surpreende mais. Foi lastimável a atitude do técnico do Internacional, que tem pisado muito na bola, e não é de hoje. Basta lembrar que sua carreira como jogador traz uma ofensa racista (à época no Juventude, fez gestos racistas para Jeovânio, então atleta do Grêmio). Ele me disse uma vez que aprendera a lição. Aprendeu nada. 

Assumpção ainda exigiu punição pesada ao técnico:

- Simulação tem que ser punida com rigor pela arbitragem. Árbitro não é palhaço. Já vimos um lance ridículo de simulação de Zé Roberto na semana passada, agora vemos outra confusão no Sul. Cansou. Não é por acaso que gestos como o fair-play de Rodrigo Caio chamam atenção no mundo do futebol e na sociedade brasileira. 

Eduardo Tironi também questionou a postura do técnico:

- Foi uma cena ridícula, lamentável. O que é um indicativo claro de que o lance de Rodrigo Caio foi algo completamente isolado. A regra, no futebol, é simulação, a trapaça.

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