De artilharia a ‘dilema’, como está a situação de Luis Suárez no Grêmio

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Se no aspecto técnico há pouca discussão sobre o impacto positivo da chegada do atacante uruguaio Luis Suárez ao Grêmio (16 gols e nove assistências em 29 partidas), a questão física tem trazido problemas ao jogador de 36 anos de idade e, consequentemente, ao Imortal.

O problema no joelho direito do atacante tem aparecido em diferentes momento do ano entre treinamentos e jogos, chegando a atrapalhar tanto no aspecto profissional como até mesmo pessoal. Ao ponto, inclusive, do mesmo ter dificuldade no convívio com a família, elemento que estaria fazendo o jogador considerar a antecipação do término de sua carreira.

Desde o surgimento das primeiras informações sobre os problemas no joelho em decorrência de um quadro de artrose, o clima no clube vinha sendo de se esquivar do tema em caráter oficial. Não à toa, apenas em evento na Arena onde não notou estar sendo filmado, o presidente Alberto Guerra falou de maneira explícita sobre o grau de seriedade do problema. Tamanha é a preocupação do Grêmio com o tema que após o único pronunciamento de caráter oficial, dado pelo então vice-presidente Paulo Caleffi após a vitória contra o América-MG, pelo Brasileirão, o mesmo foi demitido pelo clube menos de uma semana depois. Chegando a admitir, nas redes sociais, que sua saída ocorria por conta de 'confronto com a imprensa'.

De lá pra cá, o Tricolor chegou a organizar uma entrevista coletiva onde informou da intenção de liberar Luis Suárez para realizar exames bem como esquematizar um possível tratamento na Espanha, país onde viveu entre 2014 e 2022 nas passagens entre Barcelona e Atlético de Madrid. Algo que, neste momento, tem sido colocado como para ocorrer no próximo hiato de datas entre compromissos do Imortal.

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Na última semana, o tema acabou ganhando força por conta do uruguaio ter atuado contra o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro, e ter sentido dores ao ponto de estar no banco de reservas contra o mesmo Bahia, na Copa do Brasil, conhecidamente na base do sacrifício. O tema, aliás, foi comentado pelo técnico Renato Portaluppi após o embate da última terça-feira (4) onde o mesmo assumiu a responsabilidade por decidir em quais partidas utilizará o camisa 9:

- Ele (Suárez) queria jogar hoje de novo, mas as dores não deixaram. Faria tudo de novo e daqui pra frente vai ser assim. Quando ele me pedir para jogar, me passar confiança, vai jogar. Se as dores não deixarem, vamos poupar. O jogo de sábado era tão importante quanto o de hoje. Ficamos na vice-liderança do Brasileiro. Conseguimos um grande resultado sem ele. Tenho um grupo.

Diante dessa verdadeiro 'dilema' entre usar o atacante e perdê-lo por mais tempo e não acionar a principal força ofensiva do elenco em 2023, Renato precisará montar o planejamento para dois confrontos de suma importância no ano, ambos na Arena. Além do confronto direto contra o Botafogo, no sábado (8), pelo Campeonato Brasileiro, o Grêmio decide uma das vagas na semifinal da Copa do Brasil com o Bahia, na terça-feira (11).