Após goleada para Ponte, Coritiba demite Pachequinho

Treinador, que foi campeão paranaense, não suportou a queda livre na Série A. Vagner Mancini, ex-Chapecoense, é o preferido da direção.

Pachequinho - técnico do Coritiba
Pachequinho teve aproveitamento de 53% na temporada. (Reinaldo Reginato)

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Efetivado após o título estadual, o técnico Pachequinho foi demitido na noite desta quarta-feira. O Coritiba, que iniciou bem a Série A, está em queda livre no torneio e decidiu mudar o comando. A decisão foi tomada após a goleada por 4 a 0 para a Ponte Preta, em Campinas. Vagner Mancini, ex-Chapecoense, é o nome preferido da diretoria, conforme apuração do L!.

Pressionado pela sequência que já estava ruim, o comandante alviverde teve dois jogos em seus domínios para reverter a situação. No final de semana retrasado, a equipe ficou no 2 a 2 com o Vasco da Gama, na Vila Capanema, levando o gol de empate nos minutos finais. Na segunda-feira seguinte, o time perdeu por 3 a 0 do Sport, no Couto Pereira, em uma noite em que nada deu certo.

No intervalo e no apito final, a torcida do Coxa não poupou e vaiou o time pela exibição em campo. Pela primeira vez, os torcedores cantaram em alto e bom som o coro "Fora, Pachequinho". O executivo de futebol, Alex Brasil, conseguiu segurar a permanência e o triunfo por 4 a 1 contra o Avaí, na Ressacada, deu um fôlego ao comandante, que admitiu que uma derrota seria o fim de seu ciclo.

No último domingo, a ideia era conseguir mais uma vitória e tranquilizar o ambiente. Em uma atuação fraca, o Verdão perdeu por 2 a 1 para o Fluminense, no Couto Pereira, e novamente irritou os torcedores, que voltaram a protestar pelo desempenho alviverde.

Novamente pressionado, Pachequinho decidiu jogar atrás e tentar evitar novo revés diante da Macaca. Não deu certo e saiu goleado, com uma exibição horrível. O presidente Rogério Bacellar e o dirigente Ernesto Pedroso, que já eram a favor da demissão anteriormente, dessa vez fizeram valer a hierarquia e optaram pela queda do técnico. Na avaliação deles, o time não mostra novas alternativas em campo e acaba sendo neutralizado com facilidade pelos rivais.

Na Série A, o Coritiba começou se mantendo entre os três primeiros colocados e teve até lideranças provisórias, animando a torcida e diretoria. A queda de rendimento, entretanto, culminou em uma vitória nos últimos dez jogos. Atualmente, o Coxa é o décimo terceiro colocado, com 19 pontos, a três pontos do G-6 e a quatro da ZR. Em 2017, foram 28 jogos, com 13 triunfos, seis empates e nove derrotas, tendo aproveitamento de 53%.

- Lamentavelmente, a gente tem que dar esta notícia. O Coritiba vai trabalhar para resolver isso, para ir forte o contra Flamengo, reverter esta situação e trazer um comando técnico o quanto antes para o time. Nós acompanhamos o trabalho dele, sabemos o quanto ele evoluiu, mas o futebol está atrelado aos resultados. E estes não vieram. Perdemos um grande profissional e desejamos que ele tenha sequência em sua carreira, enquanto o Coritiba segue um novo rumo - afirmou Alex Brasil.

Ídolo como jogador, Pachequinho era auxiliar-técnico e foi efetivado neste ano depois de assumir a vaga de Paulo César Carpegiani, demitido após ser eliminado da Copa do Brasil pelo ASA-AL. O treinador, que "tampou buraco" em 2015 e 2016, tem 46 jogos à frente do Verdão, com 19 vitórias, 13 empates e 14 derrotas.

Opções no mercado

O nome favorito da diretoria, que já foi sondar o profissional há duas semanas, é de Vagner Mancini. Ele já entrou na lista do Verdão algumas vezes, mas agora é a preferência e será procurado. Marcelo Oliveira, outro de agrado, tem um custo muito alto, de R$ 400 mil mensais. Nomes já estão sendo oferecidos também para análise do departamento de futebol.

Números do Pachequinho

2015 - 3 vitórias e 2 empates
2016 - 3 vitórias, 5 empates e 5 derrotas
2017 - 13 vitórias, 6 empates e 9 derrotas

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