Opinião: ‘Onde estão Patrícia, Bandeira e Alexandre Wrobel’?

Com a palavra (ou resposta) o Ministério Público do Rio, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Rio e a Polícia Civil

Montagem Flamengo
O incêndio nos alojamentos da base deixou dez mortos e três feridos. O CT foi gerenciado por Alexandre Wrobel (à direita), então vice-presidente de Patrimônio por mais de sete anos, nas gestões de Patrícia Amorim e Bandeira de Mello (Fotos: Reprodução)

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Pessoal, quem acompanha a coluna (ou está lendo pela primeira vez) sabe que venho cobrando aqui desdobramentos da “Tragédia do Ninho”. Não somente da atual gestão, que assumiu em janeiro deste ano, como também (e principalmente) dos presidentes anteriores: a senhora Patrícia Amorim (entre 2010 e 2012), que deu início ao centro de treinamento, e do senhor Eduardo Bandeira de Mello (2013/2015 e 2016/2018), que continuou as obras e inaugurou dois módulos para o elenco profissional.

E cadê eles? Por que nunca convocaram uma entrevista coletiva para falarem sobre o incêndio no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu, já que se vangloriavam tanto da "modernidade"? Já prestaram algum depoimento aos órgãos responsáveis pela investigação? Com a resposta (ou a palavra), por exemplo, o Ministério Público do Rio, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Rio e a Polícia Civil.

Há ainda uma semelhança que não é mera coincidência. Ambos tiveram como vice-presidente de Patrimônio Alexandre Wrobel (ficou na pasta por mais de sete anos). Insisto, aqueles contêineres foram instalados nestas gestões e não vejo nenhuma autoridade lembrando disso. O elenco profissional voltou a treinar lá, enquanto os meninos não podem sequer passar perto. E quando isso acontecer, certamente, passará “um filme trágico” na cabeça dos jovens sobreviventes, e até mesmo daqueles que tentaram socorrê-los.

Será que vai ser sempre assim no Brasil? Os “culpados” (ao menos teoricamente) não vão dar as caras nas tragédias, como as que ocorreram nas cidades de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. No Ninho do Urubu, foram dez mortos que deixaram (e deixam até hoje) os familiares e amigos chorando. E como fica?

Finalizando, repito (não queria ser chato, mas, neste caso específico, tenho de ser): Com a palavra (ou resposta) o Ministério Público do Rio, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Rio e a Polícia Civil.

Até mais, pessoal! Semana que vem estarei de volta. Buscarei informações precisas para repassar a todos vocês. Forte abraço!

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