LANCE! Espresso: A reexibição de jogos clássicos provocou um desnecessário revisionismo

Não há motivos para desconstruir legados por puro capricho

Pelé na Copa do Mundo de 1970
Reprodução

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A crise de abstinência bateu. Então, vários canais de TV tiveram a boa ideia de reexibir jogos históricos de futebol - antigas partidas da Premier League, finais de campeonatos estaduais e até mesmo o pentacampeonato mundial do Brasil em 2002. Depois que a anestesia nostálgica passou, surgiu um efeito colateral: o revisionismo histórico de grandes jogadores e equipes com a lupa do futebol atual.

É normal que se enxergue hoje diferenças entre capacidade técnica e esquemas táticos, mas é impossível colocar tudo em uma mesma régua de comparação sem contextualização mais profunda. E aí, na ânsia de ranquear tudo o que aparece pela frente, proliferam nas redes sociais críticas infundadas - ou ao menos uma desvalorização do que um dia já foi incontestável. "O Brasil de 70 tinha muito espaço para jogar", "O Ronaldo não foi tão fenômeno assim", "Neymar seria titular fácil em 2002" e até mesmo o clássico "Pelé não seria o mesmo hoje".

São sentenças completamente aleatórias e que demonstram um dos maiores vícios do torcedor brasileiro: falta de apego à sua própria história. Bastaria ligar a televisão e curtir todas estas lembranças, sem a necessidade de desconstruir legados por puro capricho.

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