José Luiz Portella: ‘No caminho de Jadson… É só não piscar’

A volta do meia ocorreria porque Jadson resolveu cair em si e reduzir a pedida inicial, que assustou aos dirigentes do Corinthians 

Jadson pelo Corinthians
Jadson pode voltar ao Corinthians (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

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O LANCE! de terça-feira revela que Corinthians e Jadson podem estar próximos de um final feliz. O motivo do descasamento teria sido o elevado pleito dos empresários (assim no plural, atualmente a assessoria vai-se multiplicando e o jogador de Ltda. vira S.A) haviam feito. E, de fato, era demais!

O enlace previsto ocorreria porque Jadson resolveu cair em si e reduzir a pedida.

O pior que existe no mundo da bola são “verdades estabelecidas”, na realidade, falsas verdades, que se estabelecem para sempre, a gosto dos interessados que as inventaram, e com a aceitação do resto, que não se propõe a examiná-las com cuidado.

Uma dessas “estórias argutas” afirma que se o clube não aceitar os altos salários injustificáveis que jogadores e assessorias pedem, o tal clube será substituído por outro, que lhe dará “um chapéu” e contratará o dito cujo. Belo “chaveco”.

Os clubes estão em situação muito difícil, quase impossibilitados de grandes contratações, com exceção, em parte, do Flamengo, e, em grande parte do Palmeiras; o que, por si só, já impediria esta tal concorrência predatória. Bastariam Palmeiras, Flamengo, São Paulo e Corinthians firmarem um acordo inteligente entre si, que a possibilidade de chantagem seria riscada do mapa.
Esses quatro clubes detêm praticamente metade dos torcedores brasileiros e um patamar de poder aquisitivo, por parte dos aficionados, acima de 70% do mercado. E são as maiores vitrines do mercado, com todo respeito aos outros que possuem também um significado.

Cada um alega que o outro não concordaria. Sem se consultarem devidamente.
Ou seja, basta os quatro se reunirem com inteligência, superando a miopia da rivalidade mal colocada, posta em campo errado, onde deveriam estar atuando em conjunto. O campo do interesse comercial. Rivalidade é para o gramado.

Os 12 maiores clubes brasileiros não se dão conta da importância que têm, e preferem aceitar docemente a falsa afirmação que os submetem a pagar salários que não podem cumprir, ou que os remetem à situação de devedores permanentes. Fáceis presas dos empresários mais espertos de plantão.
É uma opção pela pobreza. De recursos financeiros e de espírito.

Sem saber, desacreditam na potência da marca, nas condições de mercado e na relevância histórica que possuem.

Se jogadores voltam, geralmente em estágio adiantado da carreira, ao nosso país, é porque: ou não possuem mais condição de atuarem em times relevantes no exterior, ou estão cansados de viverem longe da família, amigos e da cultura em que foram criados.

Já ganharam dinheiro, já estão independentes, e voltam por conveniência própria. Fazer isso com um salário razoável, já é uma grande conquista. É o que o Corinthians está oferecendo.

Ocorre que os empresários, que bobos não são, e estão nos respectivos papéis, tentam o “se colar, colou” com a conivência de muitos diretores profissionais. Bom para todos eles.

Péssimo para o clube.

Quando um deles resolver não piscar, pode ter certeza que 90% dos atletas baixam a bola dos salários solertemente aventados. É preciso ter coragem. É preciso ter a frieza de pagar para ver. É só não piscar.

AMADORISMO

O caso do expurgo correto do Paulista Futebol Clube na Copinha revela como permanecemos amadores. A Copinha é um parque de exposições dos empresários. A probabilidade de “gatos” é altíssima. Então, deveria haver um controle rígido e competente sobre a questão. Mesmo assim, considerando que houve uma falha, consta que o Paulista foi avisado, na véspera da semifinal, sobre a fraude. Em vez, de pesquisar profundamente e até, na dúvida, não arriscar, optou por chamar o jogador e perguntar-lhe a respeito da situação. Óbvio, que ele não iria se render suavemente à verdade, naquele instante, num gesto angelical. Diante disso, o escalou, correu o risco, perdeu a chance de uma final histórica e prejudicou todo o elenco. E agora a culpa é só do “outro”, tido como sociopata pelo técnico.

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