Inquérito do Ministério Público vai analisar mudança no estatuto da CBF
Promotor vai investigar possível falta de transparência da entidade com os clubes
A mudança no estatuto da CBF virou motivo de inquérito instalado nesta segunda-feira pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A medida, segundo o órgão, é para "investigar uma possível violação do direito à transparência" praticada pela entidade.
O MP cita que Marco Polo Del Nero se reuniu com as federações em "assembleia deliberativa em 23 de março deste ano sem que os clubes tenham sido regularmente notificados a comparecer ao ato, como previsto na Lei Pelé". O promotor Rodrigo Terra é o responsável pelo inquérito.
Vale lembrar que o ajuste no estatuto da CBF mudou o peso dos votos dos filiados nas assembleias gerais da entidade. Ao mesmo tempo que os clubes da Série B entraram no colégio eleitoral, por determinação do Profut, as federações ganharam peso 3, os membros da Série A ficaram com peso 2 e os da Segundona têm peso unitário. Com isso, o domínio das federações na votação prevalece.
O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) fez uma representação no Ministério Público Federal sobre o assunto, mas a esfera nacional se declarou incompetente e encaminho o tema ao Ministério Público do Rio.
- Trata-se de um avanço. Um passo importante para que alcancemos o objetivo final que será a anulação da assembleia ilegal. Não podemos admitir retrocessos no futebol brasileiro. Vamos acompanhar com otimismo - disse o parlamentar, que ainda acrescentou:
- Inclusive, a segunda assembleia de prestação de contas também ofende o texto da lei. Em consequência, como é da responsabilidade do MP ser fiscal da Lei, eis mais um importante ingrediente que comprova mais uma nítida infração da CBF.