Sindicato nega interferência externa e relata ameaças a árbitro de final

Em coletiva sobre polêmica da decisão do Paulista, presidente do Safesp diz que Secretaria da Segurança Pública e MP foram notificados de mensagens ofensivas

presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (SAFESP), Arthur Alves Júnior
presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (SAFESP), Arthur Alves Júnior (Foto: Guilherme Amaro)

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O presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp), Arthur Alves Junior, convocou uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira para se posicionar a respeito das polêmicas envolvendo a final do Campeonato Paulista. O Palmeiras afirma ter acontecido influência externa na decisão do árbitro Marcelo Aparecido de Souza de voltar atrás na marcação de um pênalti contra o Corinthians.

Na terça-feira, o clube entrou com pedido de instauração de inquérito no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. Por meio da TV Palmeiras, o clube divulgou imagens exclusivas do diretor de arbitragem Dionísio Roberto Domingos dirigindo-se até o quarto árbitro em meio à demora para decidir se seria marcado o pênalti ou não.

- Nas imagens cedidas pela Sociedade Esportiva Palmeiras, em nenhum momento nós temos uma imagem em que vimos ele dizendo algo para o assistente 1, para o quarto árbitro, para o assistente reserva. Ele não falou nada. Se tivesse falado, na pior das hipóteses, se tivesse dito ao árbitro assistente 1, os jogadores palmeirenses teriam escutado algo. Não houve interferência externa – afirmou o presidente do Safesp.

- Ele não deveria estar ali. É preciso determinar e cumprir funções objetivas para cada pessoa que estiver no campo, assim, as polêmicas poderão ser evitadas - disse Arthur sobre o diretor de arbitragem estar no gramado.

Para Arthur Alves Júnior, a demora de oito minutos para se tomar a decisão final deveu-se ao barulho no estádio e pelo fato de Marcelo Aparecido não conseguir chegar até o quarto árbitro por estar cercado pelos jogadores das duas equipes.

De acordo com o próprio presidente do sindicato, houve diversos casos de ameaças ao árbitro da partida. As mensagens ofensivas feitas por celular já foram notificadas à Secretaria de Segurança Pública e a Paulo Castilho, promotor do Ministério Público.

- Temos gravações de ameaças de possíveis torcedores, que não são torcedores na verdade, para os árbitros. A equipe de arbitragem até gostaria de estar aqui presente, porém estão evitando sair na rua. Eles têm suas profissões, estão pedindo licença por ameaças. As famílias estão em pânico – concluiu.

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