Clubes assinam termo com empresa visando ‘avançar’ em projeto de nova liga

Documento não é final e conta com condições como negociação de direitos de transmissão; liga foi avaliada em US$ 4 bilhões

Taça do Brasileiro
Conversas sobre criação de nova liga começou em junho deste ano (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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Ao todo, 18 clubes do futebol brasileiro assinaram um acordo com a empresa Codajas Sports Kapital (interessada em cuidar das operações da nova liga) visando dar continuidade ao projeto da competição. A companhia liderada pelo advogado Flavio Zveiter avaliou o novo campeonato em US$ 4 bilhões, e estabeleceu condições para o avanço das propostas. As informações são do portal "GE".

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Apenas cinco clubes da primeira divisão do Brasileirão 2021 não assinaram o acordo: Athletico-PR, América-MG, Fluminense, Juventude e Sport. O documento tem carácter 'não vinculante', ou seja, os times podem rejeitar as propostas futuras. 

De acordo com o portal, a Codajas Sports Kapital também pediu três obrigações para os clubes que assinaram o acordo:

- Não vender nenhum direito de transmissão ou comercial relacionado ao Brasileirão para o período posterior a 2024, nos próximos dois meses;

- Os clubes devem ceder informações necessárias para a realização de uma avaliação da liga e entrada de parceiros;

- A Codajas Sports Kapital tem o direito de cobrir propostas financeiras, por um ano, caso concorrentes apareçam com ofertas diferentes. 

Na proposta, a empresa de Zveiter promete que vai conseguir comercializar uma parte da competição para um investidor, que seria a Advent International. Essa empresa ficaria com até 25% da liga, o que geraria US$ 1 bilhão. Valor que seria repassado para os clubes investirem em reestruturação e pagar dívidas.

Ainda de acordo com o 'GE', dois dirigentes de clubes de Série A apresentaram resistência à proposta apresentada. Mario Celso Petraglia, responsável pelo Athletico-PR, tem receio de o acordo prejudicar negociações com outras empresas e que os valores apresentados estejam subvalorizados. Já o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, não gostou do tempo da "concessão" das receitas para o investidor privado, que seria até 75 anos.

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Em junho deste ano, 19 clubes da Série A do Brasileirão 2021 entregaram à CBF um documento falando sobre a criação de uma nova liga que organizaria o Campeonato Brasileiro. De acordo com o Artigo 24 do estatuto da CBF, há necessidade da aprovação da Assembleia Geral Administrativa, retirando o poder das federações estaduais.

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