Opinião: ‘A paixão do torcedor, que sempre razão…’


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PAPO COM OS MILHÕES DE DÓLARES E EUROS
Cadê o ‘Leão’?
A paixão clubística não tem fronteira. Vejam só, um amigo que está do outro lado do mundo, mais precisamente na China, e que não deixa de acompanhar o futebol brasileiro e, lógico, o seu Vasco da Gama, como o próprio gosta de se referir, me mandou uma entrevista do zagueiro Dedé no YouTube. O zagueiro, o “Mito”, ídolo vascaíno, embora esteja fazendo história no Cruzeiro, respondeu a uma simples pergunta se sente falta de São Januário: “Jamais”, foi curto o jogador.

Falei com esse amigo via vídeo pelo WhatsApp e era nítido os seus olhos lacrimejando: “Não desceu”, garantiu o cruz-maltino. Me restou dizer que “jogador de futebol” não tem mais clube de coração. Até tinham na infância, mas depois que os empresários (esses, sim, juntos com muitos dirigentes, são os vilões, ao meu ver) entram em cena com os cifrões na casa dos sete, oito algarismos, os então jogadores que juravam amor ao clube (no caso especificamente de Dedé com o Vasco) rapidinho trocam de casamento.

É bem verdade que o discurso “somos profissionais” vale como desculpa (esfarrapada, mas vale). O que o torcedor precisa entender é que idolatria, hoje em dia, está cada vez mais raro de se ver. Que idolatrem sempre o clube. Esse, sim, é imortal. Vem jogador, vai jogador e a instituição permanece lá, intacta.

Ao menos, é que o que esperam os torcedores. Mas intactos os clubes não estão, não! Peguei o mote do Dedé apenas para ilustrar o que muitos dirigentes estão fazendo (e destruindo) com os clubes. É cada sanguessuga que aparece, cada um que quer tirar proveito da situação e “pegar” uma boquinha, como se diz no mundo político Brasil afora.

São tantos milhões e/ou bilhões girando pra lá e pra cá que não dá para entender como vários clubes, por exemplo, Botafogo, Fluminense, Vasco e Santos, vivem em crise financeira.

Olha a receita! – Veio à cabeça agora e mudei o nosso final do papo. Falando em “boquinha”, a Receita Federal já analisou profundamente as declarações de renda desses empresários, jogadores e dirigentes (principalmente estes, quando entram e depois saem dos clubes)?

Isto porque, é tão banal falar que jogador X foi vendido para clube Y por cerca de R$ 50 milhões, às vezes, menos ou mais. A questão é que isso deveria ser melhor visto (e vigiado) pelas autoridades financeiras, ainda mais em um país que tem determinadas regiões em estado de miséria.

Não à toa quando se pergunta a uma dessas crianças que curte o esporte o que vai querer ser quando crescer, a resposta é simples: “jogador de futebol”. E quando essa criança e/ou adolescente tem talento? Vem o empresário e “faz a ponte” com o clube. E por quantas cifras? Com a resposta o “Leão brasileiro”, porque, certamente, há muita sonegação por debaixo dos panos. Ou melhor, dos gramados, arquibancadas, vestiários...

Bom, até a próxima! E será no ano que vem. Um 2019 cheio de saúde e paz para todos.

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