Blatter afirma que Infantino não poderia colocar 48 seleções na Copa do Mundo de 2022 ‘por capricho’

Ex-presidente da Fifa falou sobre a mudança proposta pelo atual mandatário da entidade

Joseph Blatter durante coletiva de imprensa (Foto:AFP)
Joseph Blatter foi presidente da Fifa até 2015 (Foto:AFP)

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Presidente da Fifa de 1998 até 2015, Joseph Blatter voltou a atacar o atual mandatário da entidade máxima do futebol, Gianni Infantino. Nesta quinta-feira, Blatter comentou sobre a tentativa do atual presidente da Fifa em expandir a Copa de 2022 para 48 seleções, antecipando a decisão tomada já para a Copa de 2026.

- Ele não podia mudar apenas por um capricho as decisões tomadas pelo Comitê Executivo da Fifa. Ele queria denunciar a decisão tomada em 2 de dezembro de 2010 pelos membros, de outorgar ao Catar a sede da Copa de 2022 com 32 seleções - disse o ex-presidente em entrevista à AFP.

A decisão de Infantino, que parecia já ter sido tomada há alguns meses, caiu por terra nesta semana. Segundo o jornal inglês 'Times', o atual presidente da entidade viu que não seria viável expandir a Copa do Mundo, tanto em seleções, quanto em sedes, já em 2022 por conta de conflitos geopolíticos da região e de logística.

- Houve movimentos a favor de um formato com 48 seleções, o que não foi nada bom. Querer a qualquer preço organizar a Copa do Mundo na região do Golfo, sabendo que é complicado entrar lá, isso não é o papel do futebol - destacou Blatter.

Com 83 anos de idade, o suíço está suspenso judicialmente de exercer qualquer atividade ligada a futebol e foi obrigado a colocar seu cargo à disposição em 2015, depois de 17 anos à frente da Fifa, por conta de seu envolvimento em um dos maiores escândalos de corrupção da entidade.

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