Em alta! Samir fala sobre fase na Itália, Gabigol e atacantes indigestos

Em conversa ao LANCE!, defensor de 22 anos contou sobre o atual momento da carreira, onde navega em águas calmas na Udinese. Seu vínculo vai até junho de 2021

Frame: Samir - Flamengo (Foto: Reprodução/ L!TV)
(Foto: Reprodução/ L!TV)

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Natural de São Gonçalo (RJ), Samir deixou o Flamengo, no fim de 2015, para tentar a sorte na Itália. Contratado pela Udinese, ele foi emprestado ao Verona no ano seguinte e, "mais pronto", segundo o próprio defensor, brilhou com a camisa do clube de Údine na temporada 2016/17. E como lateral-esquerdo. 

Ao LANCE!, Samir contou sobre a rápida adaptação no futebol italiano, tradicionalmente conhecido pela escola voltada para a eficiência dos sistemas defensivos. Em tempo: o zagueiro segue para a sua terceira temporada no país.

- Tenho um ano e meio de Europa, cheguei em janeiro de 2016. Profissionalmente, já evoluí bastante. Eles cobram muito profissionalismo aqui, passei a entender mais o meu corpo. Assim, consegui fazer 21 jogos como titular na última temporada, no meu primeiro ano na Udinese. Para um defensor aqui na Itália, isso é muito importante. Taticamente, hoje me vejo como um outro Samir, sabendo o que tenho que fazer, mais inteligente. A escola italiana é excelente para defensores e me sinto muito privilegiado por atuar em um dos maiores mercados do futebol mundial - comentou o camisa 3, que rechaçou qualquer dificuldade com a língua no início da trajetória.

'Hoje me vejo como um outro Samir, mais inteligente'

Hoje dono da lateral esquerda, Samir também foi questionado sobre atuar em uma posição diferente da sua de origem. Para ele, a situação não é um estorvo, mas, sim, uma oportunidade de estar entre os 11. 

Na Udinese, o clube costuma jogar numa linha de quatro. O antigo treinador já queria implantar essa linha comigo, mas acabei me machucando e, quando voltei, ele foi embora. Ele já queria me colocar como lateral, na verdade um terceiro zagueiro. Então, esse chegou (Luigi Delneri) e implantou isso. Já tinha feito uns três jogos como lateral-esquerdo no Brasil e não tem muito mistério para um zagueiro. E ele sabe do que eu sou capaz, conhece o meu estilo, sabe que não vou toda hora à frente, sabe que meu forte é defender. Gostei muito de jogar na lateral. Sou um falso lateral. Tenho liberdade de ir à frente e voltar. Só que ele não me vê como defensor central. Só em caso de emergência ele me colocaria ali. Mas estou superfeliz. O importante é estar jogando sempre. 

La terza maglia bianconera 2017-2018 @udinesecalcio

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Aos 22 anos, Samir tem vínculo com a Udinese até junho de 2021. Recentemente, o defensor foi ventilado na Inter de Milão, segundo a imprensa local, porém o negócio não foi para frente. Ele soma 21 jogos pelo atual clube.

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA

EXPECTATIVA DA TEMPORADA 2017/18

Aqui na Udinese estão optando por jogadores um pouco mais novos, fazendo uma mescla com os mais experientes que já estavam aqui. O que tem tudo para dar um bom resultado. Muitos jovens já fizeram uma primeira boa temporada na equipe, como De Paul, Fofana, Jankto. Nesse ano, temos tudo para evoluir. Com certeza, vamos brigar por coisas boas. 

ATACANTES INDIGESTOS (ITÁLIA E BRASIL)

Aqui, um atacante que mais senti dificuldade de marcar foi o espanhol Suso, que joga no Milan. No Brasil, o Sheik, quando estava no Corinthians. Respeito todos eles, sei da capacidade de cada um e tenho que ter a humildade de saber reconhecer que todos são excelentes atacantes. 

E SE PUDESSE ACONSELHAR GABIGOL?

Quando cheguei à Udinese, já sabia que não ficaria, porque havia o limite de estrangeiros. Não sei se outros chegaram e sentiram a mesma coisa, aquele frio na barriga, de achar que ficariam e acabariam emprestado para outro clube. Mas depois que fui e conheci a cidade de Verona e a cultura, comecei a me envolver e conhecer. Não perdi tempo, só ganhei, porque me adaptei à cultura, à língua, a forma de jogar, saber o que eles queriam... E voltei para a Udinese mais pronto. No Brasil, é claro que você vê tática, mas não como aqui. No Santos, de onde o Gabigol veio, os meninos jogam mais à vontade, naquele jeito moleque de ser. Acho que ele sofreu um pouco por isso aqui. Mas não por ele ser desleixado, e sim pelo estilo de jogo mesmo. Na minha concepção, ele deveria, sim, sair da Intern para poder rodar, ir para um clube do porte de uma Atalanta, por exemplo, para que possa adquirir ritmo. Veio num ritmo forte da Olimpíada e, aqui, não teve muita oportunidade de jogar. Ele precisa de ritmo e confiança para adquirir essa rodagem, para voltar pronto para a Inter e fazer o que ele saber, que é fazer gol e dar alegria à torcida. E o torcedor da Inter já gosta dele sem ele entrar muito nos jogos. Imagina ele entrando e resolvendo?

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