Multicampeão, Cacá Bueno revela ‘coração dividido’ entre Brasil e Argentina na Copa do Mundo

Grande rivalidade do futebol mundial mexe com o piloto, filho de Galvão Bueno, dono da ‘voz dos Mundiais’ e há décadas narrador das conquistas da Seleção Brasileira

Cacá Bueno - Brasil x Argentina
Cacá Bueno posa em Buenos Aires com seu macacão em alusão aos dois países (Foto: Bruna Terena/Divulgação)

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Pelé ou Maradona, Corinthians x Boca Juniors (ARG), São Paulo x Newell’s Old Boys, decisões de Copas América... a rivalidade entre Brasil e Argentina, dentro e fora de campo, é secular. Em época de Copa do Mundo, esses traços se afloram ainda mais, seja pelos cânticos ou pelos resultados de cada equipe. Mas, e quando a paixão pelos dois países se divide, ainda mais quando você é um multicampeão esportivo em sua nação e sua família tem forte relação com o Mundial? É esse o cenário que o piloto de Stock Car Cacá Bueno precisa lidar de quatro em quatro anos.

Segundo maior campeão da história da Stock Car e filho de Galvão Bueno, principal voz da Copa do Mundo no Brasil, Cacá Bueno é apaixonado pela Argentina e a seleção local. A razão é simples: ele iniciou no automobilismo por aqui, na Stock Car Light, até sagrando-se campeão em 1997. Mas, no lugar de subir para a categoria principal, aceitou convite para correr na terra ‘dos hermanos’, que sempre teve o esporte muito forte. Profissionalizou-se por lá e considera a nação como sua segunda casa.

Na Copa de 2014, Cacá Bueno pôde acompanhar e torcer pela Argentina. Aliás, o piloto fluminense esteve até na final do Mundial. E guarda grande lembranças do confronto, que culminou no tetracampeonato alemão.

- Esse foi um dos jogos mais emocionantes da minha vida: Alemanha e Argentina, na final da Copa de 2014, no Maracanã. Eu sou torcedor do Fluminense e já tinha ido ao Maraca para vários clássicos. Mas nada comparado à final da Copa. A Alemanha acabou ganhando na prorrogação, e vou te dizer que foi merecido, mas eu torci mesmo pela Argentina do início ao fim. Foi duro ver aquela derrota, especialmente porque tinha o bode do 7 a 1 com a Alemanha – afirma Cacá, que assistiu ao jogo ao lado do irmão, da esposa e amigos. Enquanto todos foram vestidos com a camisa do time europeu, ele colocou uma neutra e torceu em silêncio.

Dentro de casa, Cacá diz que não há nenhum problema em sua família por conta desta torcida. Aliás, ele diz que todos levam ‘na esportiva’ e a rivalidade entre os países impulsiona o futebol.

- Acho saudável (a rivalidade). Acho que a beleza do futebol está na rivalidade. E a gente está falando de duas das maiores seleções do mundo, né? É um privilégio ter um confronto dessa magnitude aqui na América do Sul. É por isso que a Libertadores tem tanto charme. Tire o Brasil, tire a Argentina e veja o que acontece. Essa rivalidade é o oxigênio para o nosso futebol aqui! – analisa.

Caso Argentina e Brasil terminem a fase de grupo como líderes, podem se encontrar em uma eventual final de Copa do Mundo. E se isso acontecer, o piloto acelera e não derrapa na escolha.

- Apesar da minha paixão pela Argentina, pela gratidão que tenho por tudo o que eu construí lá, pelos fãs que tenho no país, a verdade é que eu sou brasileiro, claro. Mesmo quando corria lá, estava representando a bandeira brasileira, tive carro verde e amarelo, então não tenho dúvidas de que vou torcer para o Brasil. Mas até lá, estou com a Argentina também – completa.

Após empate contra a Islândia na estreia, a Argentina busca a recuperação diante da Croácia, nesta quinta-feira, em Nizhny Novgorod, às 15h (horário de Brasília). Já o Brasil encara a Costa Rica, nesta sexta-feira, às 9h, em São Petersburgo. Todos os lances dos jogos poderão ser acompanhados pelo Tempo Real do LANCE!.

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