MPF entra com pedido de indenização de diretora do Flamengo por post contra nordestinos

Ângela Machado, diretora de responsabilidade social do Flamengo, foi acusada de discriminar o povo do Nordeste em publicação no Instagram

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MPF pediu indenização após postagem de Ângela Machado sobre eleições (Foto: Reprodução/Instagram)

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Um pedido foi ajuizado pelo Ministério Público Federal, na última terça-feira, requisitando que Ângela Machado — diretora do Flamengo — pague indenização de R$ 100 mil em danos morais coletivos por uma publicação em seu perfil no Instagram. O MPF acusa a dirigente do Rubro-Negro de ter feito um post xenofóbico contra nordestinos no dia 31 de outubro de 2022, um dia depois do segundo turno das eleições.

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Na postagem, a diretora de responsabilidade social do clube colocou uma imagem com a inscrição: "Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar, porque se o gado morrer, o carrapato passa fome". A frase é uma alusão à massiva vitória do presidente Lula no Nordeste.

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Ângela pediu desculpas pela mensagem, mas o MPF considerou que o pedido não a exime de responsabilidade pelo ato. Além disso, ainda de acordo com a ação civil pública, a mensagem da diretora constitui ofensa à dignidade e à honra, além de inferiorizar o povo nordestino.

- Sobre esse aspecto, deve-se reconhecer que, depois de disparado o discurso discriminatório e produzido seus efeitos, não basta pedir desculpas, pois a reparação precisa ser plena e integral. De antemão, é necessário de pronto enfatizar que processo judicial deve ser instrumento de efetiva proteção dos direitos fundamentais e não palco para naturalização – ausência de crítica e questionamento – acerca de atitudes racistas ou discriminatórias.

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Ângela, além de diretora de responsabilidade social, é esposa do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim — que a defendeu no episódio. Por outro lado, o benemérito Siro Darlan, do grupo político Fla-Tradição, chegou a pedir até a destituição da profissional.

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