Galvão Bueno vai narrar filme da história da Chapecoense

Narrador da Globo recebeu convite para ser “voz” de produção cinematográfica sobre o acidente aéreo com a delegação do clube: "Prêmio que gostaria de não ter recebido"

Galvão Bueno (Foto: Reprodução/TV Globo)
Galvão Bueno (Foto: Reprodução/TV Globo)

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A tragédia que aconteceu com a Chapecoense em novembro de 2016 vai virar filme, e Galvão Bueno será o responsável por narrar a trajetória do clube até o momento do acidente. O narrador revelou nesta quinta-feira no programa “Timeline”, da Rádio Gaúcha, que recebeu o convite para participar da produção, que ainda não tem data para lançamento.

- Eu recebi um prêmio agora, um dos maiores prêmios da minha vida. E eu agradeço à Rede Globo por ter me liberado. A Chapecoense está produzindo um filme, da fundação da Chape, da sua história até o momento da tragédia e a reconstrução. E me pediram para que eu fosse a voz oficial desse filme e eu farei com o maior prazer. Mas é aquele prêmio que você gostaria de não ter recebido. Foi um momento realmente muito diferente, do lado humano. Porque a gente está acostumado a gritar gol, a levar alegria e tristeza, mas dentro da área esportiva. Foi uma coisa que veio muito mais da alma do que da mente - disse.

Galvão também relembrou como foi fazer parte da cobertura da tragédia pela Rede Globo. Ele contou o que estava fazendo no momento em que ficou sabendo da notícia e do impacto que o acontecimento teve na sua rotina.

- Eu não sei, exatamente, como explicar. Digamos que faria parte da minha obrigação estar ali naquele momento. Uma tragédia daquela grandeza com um time de futebol eu estava jantando na madrugada, após fazer o Bem, Amigos!. Entre pagar a conta para ir embora, o telefone tocou e o Caio (Ribeiro) me disse: "Parece que houve um problema com o avião da Chapecoense! Não se sabe se caiu ou se foi pouso de emergência." Eu pensei, meu Deus do céu!" - lembrou, antes de completar - Começamos a apuração e eu falei para não nos precipitarmos enquanto não houver uma indício verdadeiro. Eu falei, torcendo para que não houvesse. Quando saiu a primeira foto do El Clárin da Argentina, eu já comecei a ligar para todo mundo e falei que sairia do restaurante, trocaria de roupa e já iria para a televisão para fazer o Bom Dia Brasil. E do Bom Dia, em São Paulo, eu fui para o Rio de Janeiro para fazer o encerramento do Jornal Nacional. Eu fiquei acordado 40 horas, e quando cheguei hotel eu não conseguia dormir. Aquilo entrou na minha vida realmente. Eu participei de forma intensa. E no dia do velório foram 7 horas de transmissão - contou.

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