Ex-apresentadora da Globo relata ter sofrido assédio moral na emissora

Carina Pereira apresentou o Globo Esporte de Minas Gerais entre 2017 e 2019

Jornalista Carina Pereira
Carina Pereira entrou na Globo em 2014 e apresentou o Globo Esporte de Minas entre 2017 e 2019 (Foto: Reprodução/Globo)

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A jornalista Carina Pereira, que foi demitida da Globo, e passou por um climão eo vivo, no último dia 5 de janeiro, fez um desabafo nas redes sociais relatando ter sido vítima de assédio moral dentro da emissora. Apresentadora do "Globo Esporte" de Minas entre 2017 e 2019, ela estava à frente do noticiário do "Bom Dia Minas", e trabalhou na emissora durante sete anos. 

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Em vídeo publicado no Instagram, Carina Pereira revelou que sofreu assédio moral por superiores da emissora. No relato, ela contou que foi "mudada de horário e de função" após realizar uma denúncia na ouvidoria da empresa, e que se sentiu a única prejudicada depois da denúncia. 

- Enfrentei muito preconceito por ser mulher e por não ser desse meio. No começo eram piadinhas dos colegas, algum tratamento diferenciado porque eu não era dali, mas depois foi o meu chefe. Ele dizia: 'Ah, a Carina consegue essa exclusiva porque é mulher, tem o que você não tem, oferece o que você não oferece...' Quando era colega, eu retrucava, mas quando era o chefe, não, porque era alguém que eu admirava. E as coisas foram piorando - contou. 

- A gente resolveu denunciar. Primeiro, a gente foi no RH. Não resolveu muito. Depois a gente fez uma denúncia na ouvidoria da empresa. Fui mudada de horário, de função. Para mim, as coisas pioraram. Eu era a única mulher dessa galera que denunciou e sinto que fui a única prejudicada - completou. 

No último ano, período citado no vídeo por Carina, houve mudanças na chefia do Esporte da Globo Minas, com a demissão de pelo menos dois profissionais. No entanto, não é possível garantir que os desligamentos tenham relação com as denúncias da jornalista, já que a Globo não externa informações sobre essas situações.

Em contato com o LANCE!, a Globo comunicou que não comenta casos como o de Carina e reafirmou que os assuntos internos são investigados por uma equipe especializada.

Confira o posicionamento completa da emissora:
A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e todo relato de assédio é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A empresa não comenta questões relacionadas a Compliance, pois, de acordo com o Código de Ética do Grupo Globo, assume o compromisso de investigar toda e qualquer denúncia de violação de regras, assim como o de manter sigilo dos processos, não fazer comentários sobre as apurações e tomar as medidas cabíveis, que podem ir de uma advertência até o desligamento do colaborador. Mesmo nas hipóteses de desligamento, as razões de Compliance não são tornadas públicas. A empresa é muito criteriosa para que os estilos de gestão estejam adequados aos comportamentos e posturas que a Globo quer incentivar e para que as medidas adotadas estejam de acordo com o que foi apurado.

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