Apaixonado pelo Flamengo, cantor Moraes Moreira morre aos 72 anos

Compositor foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, devido a um infarto agudo no miocárdio. Clube se solidariza nas redes sociais

Moraes Moreira e Zico
JUNTO AO ÍDOLO! Apaixonado pelo Flamengo, Moraes Moreira posa com Zico (Foto: divulgação/Flamengo)

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O Brasil perdeu um de seus mestres da música. O cantor e compositor Moraes Moreira foi encontrado morto nesta segunda-feira, em sua casa, no Rio de Janeiro. Aos 72 anos, ele morava na Gávea, Rio de Janeiro, e o corpo foi achado por uma assistente domiciliar. A assessoria de imprensa do artista informou que ele morreu por volta das 6h depois de sofrer um infarto agudo do miocárdio. Apaixonado pelo Flamengo, o rubro-negro ilustre escreveu músicas que participaram das vitórias do clube carioca.

- Foi encontrado em casa morto, no Rio de Janeiro. A empregada foi limpar o apartamento e encontrou ele morto. Ele morava só ultimamente -  dissse Eduardo Moraes, irmão do cantor, em entrevista ao "G1".

Antônio Carlos Moreira Pires adotou o nome de Moraes Moreira, iniciou sua trajetória nos Novos Baianos, ao lado de Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão. Autor de canções como "Preta Pretinha", "Besta É Tu" e "Acabou Chorare" (que deu nome a um LP do grupo) e de "Sorrir e Cantar Como a Bahia", posteriormente engrenou sua carreira solo com sucesso.

Entre as canções mais emblemáticas de sua autoria estão "Davilicença", "Eu Também Quero Beijar", "Bloco do Prazer", "Sintonia", "Santa Fé", "É Ferro Na Boneca", "Dé Um Rolê", "Pombo-Correio" e "Festa do Interior". O adeus de Moraes Moreira deixou muitos torcedores e amantes da música bastante emotivos. Entre agradecimentos e mensagens de carinho aos familiares do cantor, o nome dele foi lembrado no Twitter.

O Flamengo deixou sua solidariedade, em mensagem na qual postou a capa do LP "Pintando o Oito", na qual o cantor vestiu o Manto Sagrado.

Torcedor fanático do Rubro-Negro,  Moraes Moreira deu uma entrevista em 2016, ao "SporTV', revelando seu carinho pelo time carioca. Nascido no interior da Bahia, em Ituaçu, ele afirmou ser simpático ao Bahia, mas ama o Flamengo por influência das transmissões de jogos do Rubro-Negro, feitas através do rádio.

- Eu ouvia as rádios Globo, Tupi, Mayrink Veiga, lá do interior. Conheci o Rio de Janeiro, Laranjeiras, tudo, conheci antes, lá. Eu sou Flamengo, não sou Bahia, nem Vitória. Sou simpático ao Bahia - disse, em participação nos "Extra Ordinários", antigo programa do "SporTV".

- Meus amigos eram Zico, Paulo César Caju, Afonsinho. Jairzinho e Brito jogaram no time dos Novos Baianos. Eu fiz quatro ou cinco músicas para o Zico. Os Novos Baianos misturavam futebol e música, era a tradução dos Novos Baianos. Música e futebol eram os amores da nossa vida - lembrou ele, que ainda dedicou música para ao craque quando ele foi negociado com a Udinese.

Além de homenagens ao Flamengo e a Zico, Moraes Moreira mostrou sua admiração pelo futebol em outra área. No embalo da Seleção Brasileira que partia para a Copa do Mundo de 1982, ele lançou a faixa "Sangue, Suingue e Cintura"

Em 1990, no disco "Moraes e Pepeu" (que ele fez em parceria com Pepeu Gomes), a expectativa por um título da Seleção Brasileira voltou a dar música. Ambos gravaram "Brasil Campeão", que falava sobre o Mundial da Itália e depositava fichas em craques como Bebeto, Romário e Careca.

O futebol também rendeu um dueto entre Moraes Moreira e seu filho Davi Moraes. No especial "Casa de Brinquedos", exibido pela Rede Globo em 1983, os dois interpretaram "A Bola", música de Toquinho e Mutinho. A letra reunia jogadores de várias décadas como Nilton Santos, Garrincha, Pelé, Rivellino, Tostão, Jairzinho, Sócrates, Zico e Falcão. 

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