Caso Cuca: advogado do treinador revela próximos passos, rebate acusações e afirma possíveis medidas judiciais contra jornalistas

Defesa do treinador esclarece próximos passos de processo

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Cuca deixou o comando do Corinthians após grande pressão da torcida por conta do suposto caso de violência sexual (Foto: Reprodução/ Corinthians)

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O advogado Daniel Bialski, contratado para fazer a defesa do técnico Cuca, envolvido em um possível caso de coação e ato sexual com uma menor de idade, ocorrido em 1987 na Suíça, revelou os próximos passos que deve seguir. Durante participação no podcast "Deu Zebra", comandado pelos jornalistas Fábio Sormani e Alfinete, o representante do treinador se posicionou diante dos últimos acontecimentos que têm sido noticiados na imprensa.

Segundo ele, o caso deve ganhar novos contornos nas próximas semanas após análise dos documentos do processo.

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- É um processo muito antigo, um caso de 37 anos atrás. A partir de que houve esse linchamento moral ao Cuca, a primeira providência que foi tomada pela defesa foi contratar um escritório na Suíça para que pudesse localizar e desarquivar esse processo, para que a gente possa traduzir esse processo e provar, além de tudo, que o Cuca disse a verdade, e que estes órgãos da imprensa tentaram enxovalhar a honra dele - disse.

De acordo com a defesa, o processo foi localizado. Contudo, é necessário um requerimento especial para ter acesso ao documento, que já foi deferido pela Justiça da Suíça. Bialski relata que a equipe ainda não teve acesso ao inquérito e não sabe detalhadamente o que consta nele a respeito do episódio em Berna. 

O advogado rebateu as recentes reportagens feitas sobre o caso, e um suposto vazamento dos itens contidos na página 915 do processo. Vale ressaltar que o caso é tratado como segredo de Justiça no país europeu por 110 anos.

- Porque se verificar, aquela página não está dizendo que é sentença, ali tem somente os nomes dos quatro acusados. E dá para ver que ela não fala nada relacionado a algum tipo de exame ou comprovação de DNA. Ali também houve uma distorção que aconteceu e o que foi apurado. Eu duvido que tenha acontecido acesso ao processo, pelo rigor da lei suíça - afirma.

Ainda de acordo com o advogado, a equipe de defesa vai questionar a veracidade do exame de DNA feito na época do caso. Segundo eles, o exame era realizado sem a existência de uma tecnologia de ponta, como acontece nos dias atuais. Bialski também afirmou que a defesa do treinador tomará as medidas cabíveis contra os jornalistas que teriam difamado Cuca.

- Quem afirmou que teria sido achado isso (sêmen de Cuca no corpo da jovem, na época com 13 anos), e partir do momento que eu tenho a prova que isso não existia, eu vou entrar com um processo criminal, indenizatório, vou tomar todas as medidas que foram cabíveis. O jornalismo tem que ser responsável. Infelizmente, têm alguns que preferem audiência do que falar com responsabilidade, e essas pessoas têm que arcar com as consequências - completou.

ENTENDA O CASO

Em 1987, em Berna, na Suíça, quando Cuca atuava pelo Grêmio, ele e outros três jogadores do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges, foram acusados por uma garota de 13 anos de estupro coletivo.

A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem supostamente estuprado a jovem e, sim, porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão, porém, ele nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

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