Em programa de TV, Adriano fala sobre carreira, família, e polêmicas

O craque relembrou momentos de sua trajetória, falou da morte de seu pai, explicou o sumiço da Inter, falou de arrependimentos e muito mais<br>

Adriano e Pedro Bial
Reprodução/Instagram

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Em participação no programa ‘Conversa com Bial’, da TV Globo, Adriano Imperador falou sobre sua carreira, vida pessoal e explicou algumas polêmicas em que esteve envolvido. O ídolo do Flamengo relembrou momentos importantes da vida, entre eles, a morte do pai e a depressão:

— Logo que meu pai morreu, eu tive aquele problema todo (...) Fiquei uns três meses muito mal. Tive auxílio, psicólogo, uma equipe para mim, mas era muito mais forte que eu. Logo depois, eu preferi voltar ao Brasil e vim ao São Paulo em 2006. — contou, Imperador

Após a morte do pai, Adriano falou sobre a dificuldade de estar longe da família em um momento complicado e explicou o caso do sumiço da Inter:

— Não estava mais com a minha família perto, isso foi muito ruim, porque comecei a lembrar das coisas que eu não queria. Isso pesou demais. Por isso tem aquela história que eu fugi da Inter. (...) A história foi essa! Fui para a minha comunidade uma semana, fiquei com meu churrasco, pé descalço, pude viver aquilo que eu era. — explicou

Com traumas e a responsabilidade sobre sua família desde muito novo, Adriano relembra a infância dura na Vila Cruzeiro e as dificuldade que enfrentou quando ainda sonhava em jogar futebol. O craque fala dos amigos que perdeu para o tráfico e relembra também um acidente de seu pai.

— Eu sabia que eu era a única oportunidade que eles tinham de mudar de vida. Para mim mesmo, aquilo era uma motivação muito a mais. Eu queria usar o futebol como uma esperança para minha família de mudar de vida — contou o jogador — Meu pai tomou um tiro na cabeça quando eu tinha 10 anos de idade. Graças a Deus ele não faleceu. Você ver seu pai deitado no chão, querendo ou não é muito forte para uma criança. — relembrou o craque, que ainda falou sobre os amigos que perde para o crime — Difícil calcular, foram muitos e muitos, mas creio que uns 40 ou 50. E acontece isso até hoje. Infelizmente, eles escolheram essa vida e a gente fica triste por isso.

Após uma foto de Adriano com o traficante Rogério 157 ir parar na capa de um jornal popular do Rio de Janeiro, o craque desabafou no Instagram e, no programa, conversou com Pedro Bial sobre o que sentiu quando viu aquela capa:

— Aquela foto já tem 3 anos e meio. E já sabiam (a imprensa) disso a muito tempo. Ele pediu para eu tirar foto com ele. Eu estava em um evento lá e eu tirei. Agora o que ele faz da vida dele é um problema dele. Como agora ele está sendo procurado, colocam minha foto assim? Colocam minha frase? Isso acaba te deixando triste. Eu não entendo porque fazem isso.Só porque agora o rapaz está sendo procurado, me colocam no meio. Coisas que eu não tenho nada a ver.

Atualmente solteiro, Adriano aproveitou para explicar a história de que uma namorada sua teria sido amarrada em uma árvore:

— Isso não existe. Eu dei um miguézinho. Fomos todos os jogadores para um bar no Rio e então, decidimos ir para a comunidade (...) Estou lá fazendo um churrasco, quem me chega... Mas não teve agressão, nada disso — contou

Com o objetivo de voltar para os gramados em 2018, Adriano falou sobre sua forma física e confessou que vai testar seus limites para descobrir se pode voltar a jogar profissionalmente:

— Desde que parei, consegui manter meu corpo. Estou disposto a isso, sei que tenho que ter muita persistência. Quero fazer por mim, quero mostrar que posso chegar até meu limite e, daí sim, dizer se dá ou não para continuar jogando. — contou o craque, que disse também que sua carreira está incompleta — Não consegui completar a minha carreira por inteiro. Aconteceram algumas coisas que me afastaram do futebol. Posso dizer assim, ficou na metade.

Após relembrar polêmicas, o craque confessou que se arrepende de algumas coisas:

— Quando coloco a cabeça no travesseiro para deitar fico pensando que eu poderia ter feito muito mais do que aquilo que eu fiz. Mas a gente não escolhe a nossa vida, né? As coisas foram acontecendo. Eu realmente fico pensando, tenho consciência de tudo que fiz, tenho minha autocrítica, tento não pensar muito porque isso acaba me abalando também, acabo me cobrando. — confessou

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