Velocidade, aplicação e fé nos jovens: Fluminense para o líder fora de casa

Contra o melhor time do Brasileirão, Odair Hellmann optou por uma equipe mais móvel e colheu os frutos de uma estratégia que funcionou conforme previsto

Comemoração - Atlético MG x Fluminense
Caio Paulista marcou um golaço ainda no primeiro tempo para o Flu (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

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Depois de quatro jogos sem perder em partidas contra equipes da parte de baixo da tabela, o Fluminense tinha a ingrata missão de provar a boa sequência contra o líder do Campeonato Brasileiro. Apesar do empate por 1 a 1, pode-se dizer que o Tricolor saiu do Mineirão com a sensação de dever praticamente cumprido. Com uma atuação irretocável no primeiro tempo, pesou a parte física de uma equipe que uniu, enfim, a velocidade, a aposta nos jovens e uma aplicação tática e de marcação do início ao fim.

O quinto lugar na tabela consolida a superação de um time que ainda apresenta diversos problemas, como alguns erros bobos e a falta de reposições à altura em posições chave, mas que soube se virar e cresceu na hora certa. Destaque especialmente para o trio de meio-campistas, responsáveis por 11 dos 19 desarmes feitos pelo Flu ao longo da partida, além do goleiro Muriel, que fechou o gol e, de fato, garantiu o resultado mesmo nos momentos em que o Atlético exerceu uma enorme pressão.

- Esse trio de meio-campistas, que não são só volantes, o Yago sempre foi meia atacante na carreira, nem na nomenclatura é volante, mas dá consistência por dentro porque pode construir e ter posse. Com eles eu fortaleço as características quando queremos um jogo mais agressivo. Vale lembrar que os jogadores tinham característica diferentes de Nenê e Fred. Fazem uma proteção, agridem mais para frente para marcar pressão, alto e no homem da bola. Em alguns momentos não conseguíamos manter a intensidade, preciso buscar as variações e essa tem dado movimentos para frente. Ter a agressividade para dar a proteção coletiva para outras características de dentro do jogo - analisou Odair Hellmann após a partida.

A escolha por poupar Fred e Nenê se mostrou acertada dentro das características da equipe. Uma das dificuldades do Fluminense, especialmente quando joga pelos contra-ataques, é imprimir velocidade em um time muitas vezes composto por jogadores mais lentos. Com a escolha pelos jovens Luiz Henrique, muito bem nesse retorno como titular, além de Felippe Cardoso e Caio Paulista, que entrou na vaga de Fernando Pacheco no primeiro minuto, Odair conseguiu aproveitar as brechas deixadas pelo Atlético e o time criou.

Com uma agenda mais tranquila do que a de muitos de seus concorrentes, o Fluminense agora precisará fazer valer o tempo que terá para trabalhar. Inclusive porque a redução no número de jogos a cada dia pode ajudar a diminuir o peso dos desfalques, que sempre formam uma lista significativa. Pacheco será mais um no departamento médico, que está prestes a liberar Matheus Ferraz, Wellington Silva, Digão e Yuri.

No Mineirão, o Fluminense teve 35% de posse de bola, 11 finalizações, sendo três no gol, seis fora e dois chutes travados, sete defesas do goleiro e 299 passes trocados com 70% de precisão. Além disso, foram 19 desarmes, 24 interceptações e 31 cortes em números do site "SofaScore".

Na próxima rodada, o Flu terá o Ceará, em casa, pela frente. Depois, tem o Santos também no Maracanã e encerra o primeiro turno no Brasileirão contra o Fortaleza no Castelão.

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