Trio de volantes e uso dos laterais: o Flu de Marcelo Oliveira ganha cara

Treinador deixou o 3-5-2 de Abel Braga de lado para apostar em um trio de volantes contra o Vasco. Apesar do empate em São Januário, a primeira impressão deixada é positiva 

Vasco x Fluminense
(FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

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Não foi o resultado esperado, mas a atuação do Fluminense - principalmente no primeiro tempo - deixou boa impressão. O placar de 1 a 1 em São Januário, nesta quinta-feira, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, não refletiu a superioridade ofensiva do Tricolor durante a partida. As 19 finalizações mostraram mais que o poder de fogo da equipe, mas também a primeira cara que Marcelo Oliveira pretender dar aos seus comandados. 

A primeira grande mudança de Abel Braga para Marcelo Oliveira foi o esquema tático. O 3-5-2 deu lugar a um 4-4-2 com um trio de volantes que se revezavam nas funções. Richard, como primeiro no combate, Dodi e Jadson mais avançados dividindo o meio, e Sornoza mais centralizado para controlar a armação das jogadas. Contra o Vasco, deu certo no primeiro tempo. 

Apesar do nome "trio de volante" remeter a um esquema mais defensivo, não foi isso que se viu em São Januário. O Fluminense esteve melhor na partida quando Dodi e Jadson se aproximavam do tridente formado por Sornoza, Marcos Junior e Pedro. Diferentemente do esquema de Abel Braga, o Tricolor apostava na superioridade numérica para criar. 

Isso facilitou a triangulação do Fluminense. Quando Jadson pegava a bola, Léo e Sornoza apareciam como opção para passe e, na sequência, Marcos Júnior era outro que surgia para auxiliar na frente com Pedro. Do outro lado, Dodi contava com a ajuda de Ayrton Lucas no apoio. Foram três chances claras com triangulações do Fluminense. 

Outro ponto que Marcelo Oliveira mostrou bem é que deve utilizar os laterais. O treinador admitiu que treinou com Gilberto de titular na direita e vai apostar nas suas subidas ao ataque. Na esquerda, chegou a reclamar de Ayrton Lucas por estar apoiando pouco no setor. Fator corrigido no segundo tempo e que novamente criou boas oportunidades. 

Richard foi um pilar importante nas subidas dos laterais. Quando Léo ou Ayrton Lucas apoiavam, o volante ficou como um terceiro zagueiro, não deixando Gum e Digão expostos. O gol do Vasco saiu em uma infelicidade de Julio César, mas a defesa deixou uma boa impressão ao não ficar em inferioridade numérica nos ataques do Vasco. 

Marcelo Oliveira terá que criar soluções para corrigir os duelos no um contra um que a defesa terá que passar. A maior dificuldade foi devido a falta de explosão dos zagueiros contra os atacantes de velocidade do Vasco. Digão, o mais explorado, teve dificuldade com dribles adversários. No Fluminense de Abel Braga, Ibañez ficava responsável por essa recomposição. 

O Fluminense de Marcelo Oliveira começa a se desenhar. Outras peças ainda podem ser utilizadas pelo treinador, como os atacantes Junior Dutra e Luciano, os possíveis reforços de Bryan Cabezas e Everaldo, além do volante Airton, acostumado a fazer a função de terceiro zagueiro que Richard atuou. 

Com o empate, o Fluminense ficou na 12ª colocação com 15 pontos conquistados. O próximo compromisso será contra o Sport, no próximo domingo, às 16h, na Ilha do Retiro. Marcelo Oliveira não terá Jadson, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, mas contará com Junior Dutra, que teve seu nome publicado no BID. 

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