Sem dinheiro, Fluminense aposta na recuperação de atletas no mercado

Dos seis reforços contratados em 2018, cinco se encaixam no perfil procurado pelo clube. LANCE! analisa a ‘criatividade e coragem’ de Autuori e Abel na indicação  dos nomes

Abel Braga e Paulo Autuori observam o elenco
FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.

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No fim do Brasileirão passado, Abel Braga garantiu que 'mudaria tudo' no Fluminense em 2018. A chegada de Paulo Autuori semanas depois foi o primeiro passo. Em seguida, uma 'limpa' no elenco, dispensando jogadores pouco utilizados ou com salários altos para o clube - além de atletas importantes, como Scarpa, que pôs o clube na Justiça.

A missão de reforçar o elenco mesmo sem dinheiro não era simples e o novo dirigente, respaldado pelo treinador, citou a fórmula que seria utilizada logo em sua apresentação: coragem e criatividade no mercado. O LANCE! analisa as contratações do Fluminense - até agora - em 2018.

​Mais da metade dos titulares foram embora. E para repor as saídas, nenhum investimento milionário. A aposta foi buscar jogadores em baixa, para que chegassem sem custos e motivados a um novo desafio. Dos seis reforços anunciados, cinco se encaixam neste perfil.

​Airton, Jadson, Gilberto, Rodolfo e Léo chegaram ao clube de graça, sem criar altas expectativas na torcida. Os dois primeiros, em definitivo depois de terminarem contrato com Botafogo e Udinese, respectivamente. Os outros, por empréstimo. E tirando o volante criado no Flamengo, todos são velhos conhecidos de Abel Braga ou Paulo Autuori em trabalhos passados.

As contratações são pouco criativas, porém, corajosas. Se o risco de fracassarem como na última temporada é grande, as chances de se recuperarem também são. A média de idade (entre 24 e 26 anos) e a rodagem no futebol nacional credenciam os atletas como experientes para aguentarem o tranco e ainda novos para crescerem na carreira.

O caso do uruguaio De Amores é diferente. E contra o que disse Autuori em dezembro. A vinda do goleiro, de uma certa forma, veio pelo barulho da torcida, que fez campanha pela sua chegada nas redes sociais. A pouca criatividade e coragem para suportar a pressão dos torcedores pode criar uma dor de cabeça ao treinador. A princípio, não será titular e a qualquer falha dos goleiros terá um coro dos tricolores para ganhar oportunidade. No entanto, mesmo mais novo que os demais (23 anos), o fato do goleiro ter passado pelas seleções  de base do Uruguai é um bom sinal.

O Fluminense ainda procura um zagueiro canhoto, um meia e um atacante para temporada. Porém, em fevereiro, a maioria dos clubes já se desfez dos atletas fora dos planos. As oportunidades vão diminuindo e os preços subindo. O clube monitora jogadores dentro do perfil caso apareçam oportunidades no mercado, principalmente após o fim dos Estaduais e antes de começar o Brasileirão.

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