OPINIÃO: Fluminense precisa de mais garantias da CBF para seguir com Fernando Diniz em 2024

Treinador irá trabalhar de forma interina na Seleção Brasileira por um ano

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Fernando Diniz foi "convocado" para ser técnico interino da Seleção Brasileira (Rodrigo Ferreira/CBF)

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Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, Mário Bittencourt tentou tranquilizar os torcedores do Fluminense com a ida de Fernando Diniz para a Seleção Brasileira. Mas ainda restam dúvidas, principalmente com a sequência do trabalho do treinador no ano que vem.

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No acordo feito entre o Tricolor das Laranjeiras e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Diniz comandará a Seleção Brasileira por um ano até a chegada de Carlo Ancelotti. De maneira recorrente, o mandatário do Fluminense afirmou que a prioridade do treinador será a equipe carioca e que a interrupção do trabalho no meio da temporada nunca fui uma opção.

Mas a sensação que ficou é a de que o clube possui poucas garantias em relação ao planejamento da CBF para o próximo ano. Até porque a entidade não tem nada além de um acordo verbal com Carlo Ancelotti para que ele assuma a Seleção Brasileira ao fim da temporada 2023/2024 com o Real Madrid.

Em janeiro, a CBF terá a chance de assinar um pré-contrato com Carlo Ancelotti, uma vez que o italiano estará em seus últimos seis meses de contrato com o clube merengue. Mas caso a entidade não tenha nenhuma definição, a presença de Fernando Diniz no Tricolor das Laranjeiras pode ficar seriamente ameaçada pensando no longo prazo.

Em um cenário hipotético, o Real Madrid pode estar liderando a La Liga, invicto na fase de grupos da Champions League e na briga pelos principais títulos que irá disputar. Presidente do Real Madrid, Florentino Pérez pode buscar uma renovação de contrato com Ancelotti. Por conta disso, o Fluminense, caso queira seguir com Diniz em 2024, precisa pressionar a CBF por um acordo que vá além de algo verbal com o italiano.

Caso Ancelotti aceite uma hipotética renovação de contrato com o Real Madrid, Diniz será o alvo "mais fácil" para comandar a Seleção Brasileira visando o ciclo da Copa do Mundo 2026. Por já conhecer os jogadores, os períodos que terá para dirigir o elenco e o ambiente interno da entidade.

É muito improvável que a CBF aceite seguir com um treinador interino durante o próximo ano com a disputa da Copa América e outros jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo. Nesse momento, há duas opções que parecem muito claras: ou Ancelotti irá assumir de forma exclusiva a Seleção Brasileira ou Fernando Diniz será o responsável por comandar a Amarelinha nos próximos anos.

Se a entidade não conseguir ter nenhum acordo por escrito com Ancelotti, talvez a melhor solução seja se desfazer de Fernando Diniz para não correr o risco de perdê-lo de forma definitiva no meio da próxima temporada. Com isso, o Fluminense pode ter tempo para se reorganizar e se reestruturar durante o Campeonato Carioca.

Nessa história, Diniz e a CBF são as peças do jogo que menos tem a perder. Em caso de demissão do Tricolor, o treinador possuirá um acordo para seguir na Seleção Brasileira por um ano e tem a chance de fazer parte da comissão técnica de Carlo Ancelotti caso o italiano seja, de fato, contratado. Mas com exceção da compensação financeira, o Fluminense parece perder uma espécie de rainha no jogo de xadrez.

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