Em meio a turbulento processo de renovação, Daniel vê importância no Fluminense aumentar

Meia ainda não chegou a um acordo com a diretoria para extensão do vínculo com o clube. Dentro de campo, jogador vê time se desorganizar sem a sua presença.

Daniel - Fluminense
Daniel foi destaque contra a Chapecoense, apesar do tropeço do Fluminense (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

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Quando Marcão substituiu Daniel próximo dos 30 minutos do segundo tempo para a entrada de Lucão no confronto contra a Chapecoense, nesse sábado, no Maracanã, os questionamentos foram grandes a ponto do técnico ouvir, pela primeira vez desde que foi efetivado, gritos de "burro!" da torcida. Por mais que a reação tenha vinda em um momento tenso para o Fluminense, que buscava o empate (que conseguiu posteriormente, finalizando o encontro em 1 a 1), ela não deixa de ser sintomática. Atualmente, Daniel é uma figura de suma importância ao Tricolor.

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O bom momento é fruto de uma regularidade que conquistou ao longo da temporada. Com Fernando Diniz, a ascensão de Daniel, outrora meia-armador na base, veio justamente numa nova função: tendo que ser o "termômetro" da equipe, a peça responsável por desafogar a pressão adversária, auxiliar na posse de bola e acompanhar também os atacantes. Até por isso, foi apelidado de "motorzinho", pela onipresença nas quatro linhas. No curto período com Oswaldo de Oliveira, o meia voltou ao banco de reservas e, de lá, quase não saiu em muitos jogos, mas a moral foi recuperada com Marcão.

Os últimos tropeços do Fluminense expuseram a fragilidade no centro do campo sem Daniel. Substituído contra Athletico-PR e Chapecoense, a cria da base viu o time se desorganizar sem o adversário precisar fazer esforços. Contra o Verdão do Oeste, o Tricolor simplesmente perdeu a força que vinha exibindo na pressão sem a bola e consequentemente o domínio territorial. Depois da partida, Marcão explicou o porquê de ter substituído o pupilo.

- Optamos pela saída do Daniel para dar uma oxigenada mesmo, colocar mais um homem de área (Lucão), já que a Chapecoense estava trabalhando no último terço do campo. Optamos por colocar um homem mais de área para fazer mais pivôs de lado, já que chegávamos bastante pelos lados, para tentarmos ter uma presença maior de área, para tentar furar o bloqueio deles.

Depois de uma série de empréstimos, Daniel retornou ao Fluminense no segundo semestre de 2018, vindo de uma Série B de destaque do Oeste. À época, a diretoria do clube carioca monitorava o desempenho do meia na segunda divisão do Brasileirão e ficou impressionada com o que viu. Não à toa, solicitou seu retorno com a temporada em andamento, próximo do fim da data estipulada para inscrição de novos atletas. No Fluminense, porém, a concorrência de Sornoza e a incompatibilidade com o estilo de jogo de Marcelo Oliveira o fizeram ser escanteado.

Só em 2019 que o antigo Danielzinho conseguiu se afirmar em definitivo, principalmente depois da formação que o colocou ao lado de Allan e Ganso. No Campeonato Carioca, Diniz insistiu numa trinca de meio-campo que tinha Aírton, Bruno Silva e Daniel, que parecia subutilizado.

Com oito assistências no ano, Daniel ainda não acertou com a diretoria sua renovação de contrato. Na última semana, as partes se reuniram, mas o desfecho não foi positivo, conforme informado pelo LANCE! na semana passada. O jogador entende que poderia ser maior valorizado e os valores do novo contrato oferecido não lhe agradaram. Enquanto isso, há clubes do futebol brasileiro monitorando sua situação. O Grêmio, que já tirou Luciano do Tricolor, em junho, acena com uma proposta para tê-lo em 2020.

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