Flu busca reforços e Scarpa destaca força de Xerém: ‘É a nossa guerra’

Clube das Laranjeiras está de olho no mercado, afirma Abel Braga, mas sem dinheiro para grandes investimentos, aposta seguirá sendo no elenco formado por vários nomes da base

Gustavo Scarpa
(Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C.)

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As vitórias não vêm e a cobrança aumenta sobre o elenco do Fluminense. Apesar da pouca idade, Gustavo Scarpa é uma das referências no Tricolor e está consciente da responsabilidade que tem vestindo a camisa 10. Um dos vários nomes revelados em Xerém, o meia confia no elenco jovem. O sentimento é de união pela causa, comentou Scarpa após o treino de sexta.

- Acho que é a primeira vez que o Fluminense passa por isso, de só poder usar a base. A direção falou desde o começo. Temos de abraçar a causa, fechar o olho e ir para a frente. Sabemos das dificuldades do clube. Essa é a nossa guerra - comentou Gustavo Scarpa, dono da camisa 10 do Fluminense.

Na derrota para o Grêmio, 2 a 0 no Maracanã, nove dos 14 nomes acionados por Abel Braga foram revelados na "Fábrica de Talentos". Lançar jovens não é uma novidade para o treinador, e a conversa no dia a dia é fundamental para que alguns dos garotos não sintam o peso quando entrarem em campo..

- Converso muito com eles, passo confiança. Não atiro nada neles além do normal de responsabilidade. Digo de comportamento. Com a bola, mando ser atrevido. Sem a bola, tem de cumprir o combinado. É claro que, com muito garoto, pode ser que pese - avaliou o comandante após o jogo com o Grêmio.

Nas última semanas, o Fluminense sofreu com várias baixas. Oito jogadores chegaram a ocupar o DM. Os casos mais sérios são de Luiz Fernando e Pierre, que só devem voltar a atuar em 2018. O meia Sornoza, que operou o tornozelo esquerdo há 25 dias, ainda deve desfalcar o Tricolor nos próximos dois meses.

Assim, a diretoria está procurando reforçar o elenco como pode. Luquinhas, Marlon Freitas e Peu, que estavam no STK Flu Samorin, foram integrados ao grupo de Abel Braga. Na quarta, representantes do clube fizeram uma oferta por Marlon, mas não houve acordo com o Criciúma pelo lateral-esquerdo.

Abel admite que há carência no elenco, mas não lamenta o fato. Segundo o treinador, a diretoria o avisou das dificuldades quando o contratou no fim de 2016.

- Eu entrei no clube sabendo da situação e do que eu iria enfrentar. O clube tem tentado algumas coisas nos últimos dias. Não é dizer que vai chegar, mas tem possibilidade de chegar. Há situações de carências. Entrei sabendo, ninguém me forçou a assinar contrato. Estou feliz - afirmou o técnico Abel.

Confira outras respostas do meio-campista Gustavo Scarpa:

Ainda espera evoluir fisicamente nos próximos jogos?

Recuperado, me considero. Não sinto mais nada, graças a Deus. No tático e no físico, estou quase lá. Tem de pegar mais confiança. Espero que consiga ajudar o time no domingo. Já tenho um porte físico pequeno, então, isso acaba atrapalhando. O pessoal tem me ajudado bastante. Faço alguns exercícios extras para recuperar. Os dois últimos jogos, contra Palmeiras e Grêmio, foram bem complicados, times com muita qualidade. Vou melhorar. Mais uns dois jogos já me sentirei apto a estar fisicamente 100%.

Como viu a cobrança da torcida após a derrota para o Grêmio?

Sempre digo, a maior cobrança é a minha. É claro que as vaias atrapalham, mas é um direito do torcedor. Se eu erro, me cobro no jogo. Assisto ao VT e vejo o que posso melhorar. O momento é delicado, a gente precisa de ajuda de todo mundo

O Fluminense tem saído atrás do placar nas últimas partidas. O quanto dificulta sofrer gols logo no início?

Ontem foi difícil, sofremos gol de bola parada, o time deles estava bem postado. Eles não criaram uma chance clara de gol. A gente não se abateu, tentamos o empate. O que acontece é que o time deles tem talvez o melhor futebol. A gente não se conforma com as derrotas. Esperamos ganhar no domingo.

Scarpa, viu falha de Júlio César nos gols sofridos contra o Grêmio?

Eu consigo falar se a falta foi bem batida. Só posso falar das coisas que tenho credibilidade, eu cobro faltas. Júlio disse que não era defensável. Então, estamos fechados com ele. E com o Cavalieri também.

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