Dica ao Flu! Técnico brasileiro viajou por deserto para chegar a Potosí

Vinicius Eutrópio, que comanda o Bolívar e encarou Nacional nas quarta de final do  Boliviano, fala sobre logística que usou para encarar próximo adversário do Tricolor

Vinicius Eutrópio tirou foto no deserto no sal na volta após a vitória sobre o Nacional Potosí 
(Acervo Pessoal)

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A logística do Fluminense para a partida contra o Nacional Potosí (BOL) está causando apreensão à diretoria tricolor - no que diz respeito à segurança do elenco -, uma vez que estradas e aeroporto de Sucre estão fechados e algumas alternativas terão de ser encontradas. O técnico brasileiro Vinicius Eutrópio, que comanda o Bolívar, enfrentou problema parecido no último fim de semana, quando encarou o Nacional Potosí pela primeira partida das quartas de final do Campeonato Boliviano e conseguiu vencer por 2 a 1.

O aeroporto está sem atividade devido a intensos protestos contra o governo local por causa da divisão de royalties do campo de gás de Incahuasi, no sudoeste do país. Sem poder pousar em Sucre, Eutrópio, que comandou o Fluminense em 2009, achou uma opção pela cidade de Uyuni, passando pelo segundo maior deserto de sal do mundo.

- Geralmente, se vai a Sucre, que é a cidade mais próxima, e, depois, se tem mais três horas de viagem de ônibus. Os clubes aqui, geralmente, usam táxis, mas mudei isso no nosso time para ônibus, por conta de conforto e segurança. Mas com essa situação em Sucre, que fechou o aeroporto, não fomos por Sucre. Juntamente com o coordenador, descobrimos que há uma outra opção que é ir por Uyuni, que dá na mesma. Tem de ir até La Paz, 40 minutos de voo direto, e, depois, mais três horas de ônibus - disse.

O treinador brasileiro, que foi auxiliar-técnico de Abel Braga nos tempos de Atlético-PR, chegou a fazer um aviso ao Fluminense sobre essa questão da possível mudança no passo a passo da viagem.

- O Fluminense deve fazer uma (opção) ou outra. Se Sucre estiver liberado, deve ir por Sucre, mas, caso não esteja, recomendo essa que fizemos. Tomei a liberdade de mandar mensagem para o pessoal do Fluminense para fazer este alerta - disse ele, lembrando amizade com o atual treinador tricolor:

- A gente sempre conversa com os amigos, bate um papo. O Abelão é muito meu amigo, trabalhamos juntos no Atlético-PR. Abel é um pai de todos (risos).

Além da organização para a chegada ao jogo, Vinicius Eutrópio ressaltou os problemas que o time das Laranjeiras pode encarar em campo.

- Eles terão alguns obstáculos para enfrentar. Além da logística, o campo também não é tão regular como hoje se encontra no Brasil. O gramado é irregular e com grama alta. É um time muito vertical, com muita ligação direta. Eles jogam com dois atacantes avançados e, quando a bola não vai diretamente do zagueiro, usam os laterais, com cruzamentos. Isso, para o Fluminense, pode ser pior por causa da velocidade da bola. E, aí, tem a adaptação à altitude, que não é fácil. Ainda tem a previsão de estar muito frio. Nós jogamos sob muito frio e acredito que, na quinta, esteja quase zero grau - apontou.

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