Começo surpreendente? Ibañez é sincero: ‘Trabalhei forte pra isso’

Volante subiu aos profissionais, virou zagueiro, estreou na Florida Cup e hoje é titular absoluto no esquema da Abel Braga. Mudança de posição não interfere: 'É até melhor' 

Ibañez em coletiva no CT Pedro Antonio
FOTO LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

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Até o começo do ano, nem o mais fanático torcedor conhecia o futebol do garoto Ibañez. Talvez nem quem acompanhasse de perto a base de Xerém. A ascensão foi meteórica: nesta mesma data, há um ano, o gaúcho disputava o campeonato estadual pelo modesto Sergipe, da Série D, como meia. Hoje, é zagueiro titular no esquema de Abel Braga. Surpreendente?

- Surpreender, acho que não. Venho trabalhando desde cedo. Trabalhei forte para isso acontecer. Agradeço ao Abel pela oportunidade - afirma Ibañez, acolhido pelo treinador.

- O Abel é um paizão. Ele foi o primeiro cara a me dar oportunidade em profissional de clube grande. E só tenho a agradecer a ele por todos os elogios que ele tem me dado. Críticas são sempre bem-vindas

Internamente, o clube não queria 'encher a bola' e deslumbrar Ibañez, de apenas 19 anos. Porém, após as grandes atuações em janeiro, Abelão disse que o time seria ele e mais dez. Como zagueiro, encaixou no esquema utilizado pelo treinador no 3-5-2.

- Não mudou muito. É até mais fácil para mim, quando eu jogava de volante, eu pegava a bola de costas, e agora pego de frente.

MÃE URUGUAIA E NOME GRINGO
Assim que entrou em campo pela primeira vez, os mais desavisados se perguntaram: esse zagueiro é brasileiro? Até hoje, depois de cinco partidas oficiais, as torcidas adversárias ainda ficam na dúvida. Para não se confundir, Abel Braga chama o garoto apenas de Roger, seu primeiro nome. Ele escolheu ser chamado pelo sobrenome para 'chamar atenção'.

- Todo mundo pergunta se sou gringo (risos). Mas sou brasileiro mesmo, natural de Canela. Minha mãe é uruguaia, de Montevidéu. Preferi escolher esse nome por marketing mesmo, chama mais atenção. Mas é só sobrenome mesmo - brinca Ibañez.

Ibañez começou a carreira aos 16 anos, como meia. Passou um ano na base do GAO e depois foi para o PRS, clube gaúcho. De lá, ganhou uma chance no Sergipe para disputa do Estadual e a Série D, até chegar à base do Fluminense no meio de 2017.

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