Campeão mundial com a Seleção e ídolo do Flu, Altair morre aos 81 anos

Ex-lateral do Brasil e do tricolor carioca, Altair teve falência de múltiplos órgãos. O ex-jogador tinha 81 anos e estava internado há 15 dias no Hospital das Clínicas de São Gonçalo

Altair fez mais de 500 jogos pelo Fluminense. Lá, foi bicampeão do Rio-São Paulo e tricampeão do Carioca. Titular na conquista da Copa do Mundo em 62 com a Seleção Brasileira.
Altair sofria com Mal de Alzheimer desde 2013 (Reprodução/Facebook)

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Morreu na madrugada desta sexta-feira o ex-jogador Altair, que foi campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1962. Aos 81 anos, o ex-lateral-esquerdo estava internado há 15 dias no Hospital das Clínicas de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, onde morreu após sofrer falência de múltiplos órgãos.

Altair foi o quarto atleta com mais jogos disputados na história do Fluminense, com 551 jogos e dois gols marcados. Porém, desde 2013, sofria com Mal de Alzheimer.

Em 2019, a reportagem do "Globoesporte.com" encontrou o ex-lateral perdido e desorientado nas ruas de Brasília. O sepultamento deve ocorrer nesta sexta-feira, às 17h, no Cemitério Maruí, em Niterói.

TRICOLOR DE CORAÇÃO, DE ZAGUEIRO A LATERAL-ESQUERDO

Nascido em Niterói no dia 21 de janeiro de 1938, Altair Gomes de Figueiredo deu seus primeiros passos no futebol ainda no Manufatora, clube da sua cidade natal. Escondido dos pais, foi à peneira do Fluminense e iniciou sua trajetória como quarto-zagueiro.

Apelidado como "Magro" e "Fiapo", Altair recebeu do colega Pinheiro o conselho de atuar como lateral-esquerdo, devido à forte concorrência tricolor no setor. E foi assim que deslanchou em outro setor.

'REI DO CARRINHO' E CAMPEÃO DO MUNDO

Altair destacou-se na lateral esquerda por sua intensidade na marcação. Considerado um especialista em "carrinhos", teve duelos com jogadores como Garrincha e logo começou a ganhar títulos no único clube no qual jogou.

Seu primeiro título no Fluminense aconteceu em 1957, no Torneio Rio-São Paulo.  Dois anos, a equipe que ainda trazia nomes como Castilho, Pinheiro e Telê Santana obteve a conquista do Estadual. No ano de 1960, o Tricolor das Laranjeiras ganharia mais um Rio-São Paulo.

As atuações logo despertaram a atenção da Seleção Brasileira, na qual, três anos depois, conseguiu uma grande façanha.  Altair foi reserva de Nilton Santos na Copa do Mundo do Chile de 1962.

Pelo Fluminense, ainda sagrou-se campeão estadual em 1964, ao  lado de jogadores como Carlos Alberto Torres e Oldair. Em 1966, voltou a estar na Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, e foi titular na vitória sobre a Bulgária e a derrota para a Hungria.

Altair ganharia seu último título como jogador no Fluminense em 1969, ao fazer parte do elenco campeão carioca, que trazia nomes como Félix, Marco Antônio e Cafuringa. No seu fim de carreira, atuava como quarto-zagueiro.

CAMPEÃO COMO AUXILIAR-TÉCNICO DO FLUMINENSE

Após pendurar as chuteiras, Altair chegou a prestar serviços à Prefeitura de Niterói. Contudo, o ex-jogador, no fim da década de 1990, voltou ao Fluminense com outra missão: fazer parte da comissão técnica do clube.

Em seu currículo, o emblemático ídolo foi auxiliar-técnico da equipe campeã carioca de 1995, marcada pelo gol de barriga de Renato Gaúcho na vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo, no jogo decisivo do Maracanã.  Em alguns momentos, também assumiu a equipe interinamente. 

Em respeito à morte de Altair, a CBF colocou as bandeiras de sua sede a meio mastro. Os jogos do fim de semana terão um minuto de silêncio em sua homenagem.

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