Após Flu não levar gol, Marcão indica caminho a ser seguido por Oswaldo

Ser vazado pelo adversário era comum para o Fluminense. Na busca pelo equilíbrio, novo treinador terá que priorizar a defesa, porém sem perder o DNA ofensivo

Oswaldo de Oliveira e Marcão - Fluminense
A partir de domingo, Oswaldo de Oliveira, de fato, assume o elenco (Foto: Daniel Perpetuo/Fluminense)

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O empate por 0 a 0 diante do Corinthians, além de representar um bom resultado para o Fluminense, que vai decidir a vaga para a semifinal da Copa Sul-Americana, no Maracanã, também encerrou uma sequência negativa que durava mais de três meses, com o time sempre sofrendo ao menos um gol nos jogos.

A última vez em que o Tricolor não foi vazado, aconteceu no clássico contra o Flamengo, que terminou em 0 a 0, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Desde então, entrou em campo em nove partidas, sempre tendo as redes balançadas pelos adversários. Por conta disso, possui a segunda pior defesa da competição nacional, com 25 gols sofridos, dois a menos que a Chapecoense.

- Já tinha um tempo que nós vínhamos sofrendo gols em todos os jogos. Saímos de campo muito felizes por isso, porque mostra uma evolução nessa parte defensiva. O Marcão mudou um pouco a maneira da gente marcar. Geralmente pressionávamos mais os adversários. Ele achou melhor defender com o time inteiro e acho que deu certo. A gente focou em todo mundo voltar para trás da linha da bola. Fez um efeito, mas nada de muito diferente. Nosso time já era bem treinado e conseguiu colocar isso em prática - disse o zagueiro Nino.

A demissão do técnico Fernando Diniz passou justamente por conta dos problemas defensivos. O Fluminense criava, finalizava, tinha a posse de bola, mas quando a bola não entrava, fatalmente era castigado e perdia as partidas. Em uma delas, contra o CSA, custou o emprego do treinador. Para Nenê, que parece ter conquistado a titularidade no time, afirmou que a tônica vai ser a busca pelo equilíbrio.

- O time já vinha muito bem na Sul-Americana, fazendo bons jogos, mas no Brasileiro a gente não estava conseguindo os resultados. O jogo era muito bom, mas estávamos pecando muito nas finalizações, não fazendo os gols, porque chances criávamos bastante e essa era a ideia do Diniz, sem estar exposto. Então o que o Oswaldo e o Marcão procuraram falar realmente era buscar esse equilíbrio na parte defensiva, porque a pressão seria forte. Então o foco era ter o equilíbrio para não tomar gol.

O equilíbrio defensivo já foi visto no empate diante do Corinthians. Entretanto o grande desafio vai ser se defender, sem abrir mão do DNA ofensivo. Na temporada, O Fluminense marcou 71 gols em 45 partidas, média de 1,58 por jogo. Na avaliação do volante Allan, o Tricolor vai manter as características, só que tendo um pouco mais de preocupação com a defesa.

- Jogar todo time quer, mas é difícil fazer isso. A segunda parte é marcar. Então acho que a gente não vá fugir das características que o Fernando deixou. É só ajustar mesmo algumas coisas na defesa. É esse o jeito que vamos seguir daqui para a frente.

No domingo, o elenco tricolor se reapresenta após dois dias de folga. Neste dia, Oswaldo de Oliveira vai comandar o seu primeiro treinamento tentando colocar em prática o equilíbrio, que na teoria, parece ser fácil, no entanto, todos sabem que não é.

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