Torcedor do Antofagasta tem mais de 400 camisas e fundou museu do clube

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Quantas camisas do seu clube do coração você tem no armário? Muitas? Mas, seriam suficientes para transformar a coleção em um museu? Esse foi o sonho de um torcedor do Antofagasta (CHI), próximo adversário do Fluminense na Copa Sul-Americana, que conseguiu transformar a sua paixão pela equipe em um negócioo - além de levar o nome do clube para voos mais altos. 

Mauricio Marrodán García, de 40 anos, é contador e auditor, mas levou a sua paixão pelo clube chileno para outro nível. Foi dele a ideia de organizar o "Museu Itinerante do Antofagasta", que conta com mais de 400 camisas da instituição entre as de jogadores, goleiros e de treino, somando atuais, antigas e até relíquias - como a primeira usada na história do clube. 

- Cresci em um lugar onde o amor e respeito ao Antofagasta está relacionado com a cidade. Pelo trabalho do meu pai, que era jornalista esportivo, já visitávamos o estádio a cada fim de semana. Compartilhei transmissões com grandes jornalistas que ajudaram a forma parte da historia do clube, como Homero Ávila Silva, Jorge "Coco" Torres, René Cortés Molina entre outros - contou ao LANCE!. 

A explosão da coleção aconteceu nas redes sociais. Através da página criada no Facebook e da ajuda de amigos que viralizaram o conteúdo, Marro passou a ser chamado para exposições e eventos: foi financiado para levar o museu ao dia do patrimônio de Antofagasta, ao encontro nacional de colecionadores de futebol e também fez intervenções da "Identidade Antofagastina" no estádio do clube. Ele conta sobre o sucesso dos modelos antigos. 

- As camisas mais antigas tem sido difíceis de conseguir, então algumas tiveram que se replicadas para poder contar com todos os modelos utilizados nos 52 anos de história. O clube foi criado em 14 de maio de 1966 e a camisa original mais antiga que faz parte da coleção. É do "Antofagasta Portuario", nome do clube entre 1966 a 1974. Toda camisa tem o seu valor emotivo, histórico e, também, o seu valor econômico - disse. 

O Fluminense enfrenta o Antofagasta (CHI), na próxima quinta-feira, às 19h15, no Chile, em jogo de volta válido pela primeira fase da Copa Sul-Americana. Na ida, as equipes empataram sem gols no Maracanã. Com isso, uma igualdade com gols classifica, que também avança com qualquer vitória. Já um novo empate sem gols leva a decisão para os pênaltis. Marro falou sobre a sua reação quando viu que os chilenos enfrentariam o Tricolor. 

- Fluminense é uma tremenda equipe e uma grande instituição. Todo futebolista sabe da tradição e poderio da equipe brasileira. São os atuais semifinalista da Copa Sul-Americana... Minha primeira reação no sorteio foi: "Não, contra o Fluminense, não". Mas, posteriormente, vendo a frio, vi que pode ser um dos melhoras rivais que poderíamos enfrentar. Graças ao sorteio podemos debutar internacionalmente no Maracanã. É um grande rival, um gigante e podemos fazer frente a um gigante da América do Sul e do futebol mundial.  

Sobre a partida desta quinta-feira, Marro falou sobre o que se pode esperar do duelo pela Copa Sul-Americana: casa cheia, pouco calor e uma boa adaptação no Chile. Até o momento, 14 mil ingressos foram vendidos para o duelo, sendo a capacidade máxima do estádio para 16 mil torcedores. 

- O clima na cidade está excelente, na hora da partida não estará um calor insuportável e o vento fica forte. O estádio está perto do mar e corre a brisa marítima. A expectativa é que o total de ingressos seja vendido. Cerca de 14 mil dos 16 mil foram vendidos antecipadamente. É um dia histórico por ser a primeira eliminatória internacional do Antofagasta.