Escolha por ataque móvel funciona, e Fluminense passeia no Maracanã

Sem centroavante de origem no time titular, equipe comandada por Odair Hellmann goleia o Resende com tramas rápidas e triangulações pelos lados do campo 

Fluminense x Resende
Marcos Paulo começou a partida centralizado no ataque (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

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O Fluminense continua invicto na Taça Rio. Sem problemas e com amplo domínio em grande parte do duelo, o Tricolor goleou o Resende neste domingo, no Maracanã. Além, é óbvio, do placar de 4 a 0, o que chamou a atenção foi uma mudança tática de Odair Hellmann, optando por iniciar o jogo sem um centroavante de origem entre os titulares. 

A comissão técnica optou por poupar Evanilson, atacante titular do Fluminense na temporada, pensando no confronto contra o Figueirense, pela Copa do Brasil, na próxima quarta-feira. Odair, contudo, mexeu no desenho: o escolhido para o setor foi Marcos Paulo, que geralmente atua pelos lados. Foi, portanto, uma equipe mais leve - Fernando Pacheco e Wellington Silva complementaram o sistema ofensivo.

O resultado foi imediato. Pacheco, aos sete minutos do primeiro tempo, deu a assistência para o gol de Wellington Silva, que apenas teve o trabalho de rolar para o fundo das redes. Além dos dois, outros destaques da jogada foram Yago Felipe, que encontrou o peruano livre dentro da área, e Marcos Paulo, por justamente fazer essa função de movimentação - o atacante foi para trás e abriu um buraco, justamente onde o camisa 17 se infiltrou para marcar o gol.

Os toques rápidos entre atacantes e as jogadas pelos lados do campo - além da movimentação de Nenê e Yago Felipe no meio, permitindo a circulação de bola - foram a tônica do Fluminense, que dominou a partida na primeira metade da etapa inicial. Vale ressaltar que o Tricolor tirou o pé do acelerador nos minutos finais e viu o Resende crescer, assustando o gol de Muriel duas vezes. 

No segundo tempo, a escolha de Odair Hellmann desabrochou. Intenso e com a bola no campo de ataque o tempo inteiro, o Fluminense não deu chance para o Resende respirar. O Tricolor entrava como queria na defesa dos visitantes a partir de triangulações e toques de primeira, sempre muito rápidos. O lado esquerdo, com as arrancadas de Wellington Silva, também foi muito forte.

Não por menos, o Tricolor construiu o placar elástico praticamente todo na etapa complementar. Além dos três gols marcados no período, vale ressaltar, fica a maneira como Fluminense buscou a meta adversária durante todo o tempo e a forma de atacar. O sistema ofensivo móvel causou problemas para a defesa do Resende. As trocas de posições e rápidos toques entre os jogadores foram pontos interessantes da vitória.

A vitória traz confiança para o confronto pela terceira fase da Copa do Brasil, mas o desempenho dentro de campo pode ajudar Odair Hellmann a trabalhar mais uma opção de jogo para um futuro próximo. O teste do ataque móvel no Campeonato Carioca, portanto, foi aprovado.

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