Abel Braga evita projetar 2018 e fala em ‘trabalho mais difícil da carreira’
Técnico tem contrato até dezembro do ano que vem, mas preferiu manter o foco nesta temporada. Sem vencer há três rodadas, o clube ainda corre risco de rebaixamento
Lesões atrás de lesões, atrasos salariais e um elenco jovem. Este cenário, na visão de Abel Braga, torna o trabalho no Fluminense em 2017 o mais difícil de sua vitoriosa carreira como treinador. A avaliação foi feita pelo técnico após a derrota para o Corinthians, em um momento que sua permanência no clube em 2018 é questionada - apesar da diretoria, publicamente, reforçar que está "fechada com Abel", que tem contrato até o fim da próxima temporada.
- Eu nunca tive um trabalho tão difícil na minha vida, nem na própria Ponte Preta, naquele ano (2003), perdendo 13 jogadores (por atrasos salariais). Então, é importante terminarmos bem o Campeonato e, antes do final do ano, conversar para rever algumas coisas. O peso tem que ser menor, não podemos ficar cobrando de meninos superação mental com essa pressão. - afirmou.
Com títulos por onde passou - Internacional, Flamengo, Coritiba e Atlético-PR, por exemplo -, e campeão brasileiro pelo Fluminense em 2012, Abel Braga reforçou a atenção que o ano de 2017 merece. Afinal, faltando três rodadas para o fim do Brasileirão, o Tricolor não está livre do risco de rebaixamento.
- Meu foco é o Fluminense. Quero que meu nome seja falado de forma positiva no clube que eu trabalho. Quando acabar o Campeonato, vamos sentar e fazer uma avaliação de tudo que foi feito e tudo que não foi feito, do que vai melhorar ou se não vai melhorar. Aí vamos chegar em um acordo.- analisou Abel Braga a sua situação no comando técnico do Tricolor das Laranjeiras.
Em 2017, Abel Braga recusou duas ofertas para deixar o Fluminense: do Porto, em maio, e da Seleção dos Emirados Árabes Unidos, em setembro. Nas últimas semanas, seu nome foi sondado por Internacional e especulado no Palmeiras para a próxima temporada. Oficialmente, o técnico e o Fluminense negam.
A avaliação sobre o trabalho realizado durante o ano é de praxe entre o técnico e o departamento de futebol, formado pelo gerente Alexandre Torres, pelo gerente da base Marcelo Teixeira e por Pedro Abad, que, além de presidente, acumulou a VP de Futebol após a saída de Fernando Veiga, em outubro.
A decisão sobre o futuro de Abel Braga só será tomada após o Flu encerrar sua participação Brasileirão. No momento, a ameaça do Z-4 ainda existe.
