Time obediente e ‘marcador’: Fla lidera em desarmes no Brasileiro
Equipe de Barbieri mostra que, mesmo com um volante de ofício, consegue neutralizar ações dos adversários. No rubro-negro, Paquetá só perde para Cuellar no quesito
Ao olhar a escalação do Flamengo no decorrer da temporada, observa-se apenas um volante de ofício – ora Cuellar, ora Rômulo –, porém, ainda assim, a equipe rubro-negra, que é a primeira colocada do Campeonato Brasileiro (com 30 pontos), tem sido marcadora. Prova disso é que o time do técnico Maurício Barbieri, que vem conseguindo levar o elenco ao molde esperado por ele, lidera também o quesito “desarmes”.
Com um total de 309 em 14 partidas, o time da Gávea tem uma média de 22,1 desarmes por jogo. O São Paulo, que é o segundo colocado neste ponto, por exemplo, tem uma média de 21,2.
Um exemplo da “obediência tática” e “entrega em prol do time” – algo exaltado por Babieri em mais de uma oportunidade – pode ser o fato de Lucas Paquetá ser o segundo jogador que mais roubou bola no Brasileiro, com 38 em 12 partidas, perdendo apenas para Cuellar, com 43 em 10 partidas.
– Já temos feito a marcação pressão, não é novidade. Na quarta-feira (na derrota para o São Paulo) fizemos, e muito. Fizemos os dois gols e o Botafogo começou a fazer uma ligação direta. É uma arma que temos – ressaltou.
De acordo com o treinador, mais ligado que propriamente a posição, é a consciência da função que cada jogador tem de cumprir nos jogos.
– A ideia é que eles possam ter liberdade de criação, mas, mais importantes que a posição, é a função que vai exercer. Acho temos consigo mexer bastante nessa forma de poder atuar em funções diferentes. A equipe fica bastante competitiva com isso – elucidou Mauricio Barbieri, em entrevista à ESPN.
Após o clássico, ao ser questionado sobre o segredo para o Fla manter a liderança, Barbieri “escondeu o jogo”, mas, ao que tudo indica, parte da receita está exposta a cada rodada.
