Caetano admite indignação no Fla e defende Rueda: ‘Pouco tempo’

Diretor de futebol concede entrevista coletiva após novo vacilo fora de casa. Ele falou sobre o momento ruim do time, a pressão externa e disse que Guerrero não usou drogas

Rodrigo Caetano concedeu entrevista nesta sexta-feira para falar sobre o momento do Flamengo
Reprodução L!TV

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Mal das pernas, o Flamengo encara um momento de muita pressão. Nesta sexta-feira, o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, concedeu uma entrevista coletiva no Ninho do Urubu e admitiu uma grande frustração pelos resultados negativos. O time carioca é apenas o sétimo colocado do Campeonato Brasileiro, com uma campanha decepcionante depois de muitas expectativas criadas por 'um ano mágico'. 

- Falo em nome de todos, da nossa frustração dos resultados, ninguém está minimamente confortável com a situação. O sentimento é de indignação e frustração ao mesmo tempo. Nosso elenco é bom, mas o time não se desempenhou - disse o dirigente, que garantiu haver uma cobrança interna por melhores resultados.

- A cobrança sempre existiu, mesmo com algumas ilações e rótulos que são colocados. Nós temos papel de cobrar desempenho, sempre será feito. Mas não vamos dar qualquer tipo de show para fora, exposição interna, não acredito nisso. Esperamos que a reação seja transmitida dentro de campo. Não adianta eu falar 'Aumentou a cobrança, o tom de voz'. Se não vencer, ninguém vai avaliar diferente - comentou.

Com o acúmulo de resultados ruins, o dirigente foi questionado sobre a situação do técnico Reinaldo Rueda. Ele concorda com a ideia de que o time ainda não encaixou, mas saiu em defesa do treinador e deu indícios de que ele seguirá no comando da equipe em 2018.

- Há muito tempo o Fla queria um técnico estrangeiro, internacional, com 90% de aprovação. Mas ele está no clube apenas há três meses. Esse imediatismo que exigimos é natural do futebol. Entendemos que o time não encaixou, devido ao pouco tempo de trabalho dele também. Ele teve muito pouco tempo para treinar. Esperamos que a gente consiga dar ao Rueda, na pré-temporada, o tempo necessário para consolidar o seu método de trabalho - avaliou.

OUTROS PONTOS DA ENTREVISTA

CASO GUERRERO: 'A esperança é grande que até o dia 30 tenhamos uma notícia positiva. Os estudos das amostras confirmaram o que já sabíamos, que ele não foi usuário de droga nenhuma. Provavelmente, o metabólico (da cocaína) estava no chá. Caso seja absolvido, no cenário ideal, ele estaria à disposição em dezembro. Mas isso não tira o grande prejuízo que tivemos. Perdemos muito. Temos substitutos, mas não dá para imaginar que com ele não se elevaria o nível de respeito dentro de campo. Ele é fundamental para a gente, ainda mais num momento como este. Perdemos Berrío, Réver e ele também, infelizmente'.

CONTRATAÇÃO DE CONCA - BOM OU MAU NEGÓCIO?

'Conca veio com enorme expectativa. É um dos tantos que ao chegarem aqui e foram ovacionados. Ele vinha de lesão, sabíamos o risco do negócio, veio de duas cirurgias muito importantes. Só foi possível a vinda dele por que o Flamengo propôs a recuperação. Mas óbvio que frustra, esperávamos a recuperação mais rápida e que ele estivesse ajudando o Flamengo. Mas foi um ótimo negócio na época. Em condições normais, não conseguiríamos trazê-lo.'

ADRIANO DISSE QUE JOGARIA DE GRAÇA NO FLAMENGO. ACEITA?

'Difícil responder isso agora. Ele é um grande ídolo. Certamente era desejo de ter estado aqui antes, mas não tem como responder agora.'

COM MUITA COBRANÇA NO CLUBE, COMO SE SENTE NO CARGO?

'Não tive nenhuma conversa nesse sentido com as pessoas que estão acima de mim. Tenho compromisso com o Fla até o ano que vem. Tenho 15 anos na profissão e sempre cumpri meu contrato. Mas o clube tem o direito de demitir. Nunca conversei com outro clube com contrato. A preocupação é que o Flamengo volte aos trilhos. Sinceramente, não estou preocupado com a minha vida profissional nesse momento. Nos bastidores você sabe as questões que antecedem as eleições. Meu desejo não é agradar grupos, mas sim o Flamengo. O time teve momentos bons, mas expectativa que não se traduziu em títulos.'

O QUE VEM POR AÍ?

'Temos a Sul-Americana, mas infelizmente no Brasileiro não chegamos próximo como no ano passado. Nossa grande derrota foi não passar de fase para a Libertadores. Mas chegamos à final da Copa do Brasil e fomos campeões estaduais. O planejamento já está sendo feito para o ano que vem, independentemente dos profissionais que estiverem.'

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