Fla rebate críticas de advogados de vítimas da tragédia do Ninho

Em nota oficial, clube respondeu ao pronunciamento de grupo representante de nove das dez famílias, que aconteceu na tarde desta terça-feira

Ninho do Urubu - Treino Flamengo
Ninho do Urubu: motivo de felicidade e tristeza nos últimos meses (Foto: Guilherme Abrahão/Lancepress)

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O Flamengo publicou uma nota oficial como resposta ao pronunciamento do grupo de advogados de nove das dez famílias de vítimas fatais do incêndio no Ninho do Urubu, que aconteceu no dia 8 de fevereiro. Na tarde desta terça-feira, a comissão representante contestou, publicamente, algumas informações que, segundo eles, o clube rubro-negro tem "passado para a mídia". 

No texto enviado à imprensa após o pronunciamento, o Fla rebateu algumas das declarações de Arley Carvalho, Paula Wolff e Mariju Maciel, ao dizer que "jamais afirmou estar negociando com nove famílias", como disseram os advogados, e garantiu estar prestando "todo apoio material e psicológico às famílias dos atletas". O clube também expôs alguns dos valores gastos com as famílias das vítimas até agora. 

Confira na íntegra a nota oficial

Posicionamento do Flamengo

Em primeiro lugar, o Clube de Regatas do Flamengo esclarece que, diferentemente do que afirmaram os três advogados, jamais afirmou estar negociando com nove famílias. O clube reafirma que já fechou acordo com uma família e negocia com três. E segue aberto para novas negociações. Vale esclarecer que a advogada da família do atleta Rykelmo é a Doutora Gisleine Nunes, que já se reuniu com o corpo jurídico do clube.

Quanto à afirmação de que o clube não procurou as sete famílias representadas pelos três advogados para negociar, o Flamengo lembra que em reunião no Tribunal de Justiça, no dia 21/2/2019, os advogados não concordaram com os termos propostos e encerraram as conversas.

Também diferentemente do que foi dito pelos advogados, o Flamengo vem dando sim todo apoio material e psicológico às famílias dos atletas que se encontravam no Centro de Treinamento George Helal no dia do incêndio (8/2/2019) que vitimou dez jovens.

Nestes 39 dias, o clube procurou estar sempre ao lado das famílias dos atletas, dando suporte financeiro e psicológico. Todas as despesas com transporte, alimentação e hospedagem ficaram a cargo do clube, que não mediu esforços para atender a todas as demandas.

Durante todo o período no qual os três atletas que se feriram permaneceram hospitalizados, o clube manteve um responsável para cuidar da logística dos familiares, além de um médico para acompanhar todos os procedimentos no hospital. A hospedagem e a alimentação dos parentes também ficaram a cargo do clube.

Somente com passagens aéreas e hospedagem de parentes, advogados e empresários dos jogadores o Flamengo gastou até o momento R$ 222.580,30. Nesta quantia está incluído o fretamento de um avião para agilizar os sepultamentos dos casos em que a logística era mais complicada.

Vale registrar que o Flamengo continua dando uma ajuda de custo mensal de R$ 5 mil para as nove famílias que ainda não acertaram as indenizações.
Em relação aos 16 atletas sobreviventes, o clube já fechou acordo com 13 famílias e está em negociação com as três restantes.

O clube também já prestou inúmeras homenagens aos atletas, quase todas devidamente registradas pela imprensa, entre elas a missa de sétimo dia, a missa de um mês, além do luto em todos os esportes até o fim de 2019. A homenagem realizada antes do Fla-Flu do dia 14 de fevereiro, no Maracanã, foi toda organizada e custeada pelo clube. Além disso, em todos os sepultamentos havia um representante do clube.

Mais uma vez o Flamengo reitera que continua à disposição das famílias para que tudo seja resolvido o mais rapidamente possível.

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