Filipe Luís cita fórmula para parar Cebolinha e realça: ‘Podem esperar a nossa melhor versão’

Lateral do Flamengo chegou a comparar o rival desta noite e companheiro de título da Copa América com Hazard. Ao canal da Libertadores, também rasgou elogios a Jorge Jesus

Imagens de Filipe Luís pelo Flamengo
Filipe Luís acumula 12 jogos com a camisa do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

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Cada vez mais adaptado ao futebol brasileiro, Filipe Luís completará, nesta quarta-feira, contra o Grêmio, 12 jogos com a camisa do Flamengo, na Arena do Tricolor. E este será o mais relevante do lateral-esquerdo, já que será válido pela ida das semifinais da Libertadores, elogiada pelo atleta de 34 anos.

Em entrevista ao canal oficial da Libertadores no YouTube, Filipe projetou o duelo com o Grêmio, o embate direto com Everton Cebolinha, além de analisar a fase atual da equipe de Jorge Jesus. De acordo com o lateral, a torcida pode esperar a "melhor versão" dos comandados do português nesta noite. 

- Trabalho não falta. Todos estamos trabalhando muito, duas vezes por dia, quem está com dores está tratando o dia todo, estudando muito o nosso adversário e se cuidando. Chegaremos na melhor forma possível para esse jogo. Os torcedores verão a nossa melhor versão. A partir daí, que ganhe o melhor e que o juiz (o argentino Néstor Pitana) passe desapercebido. Será um jogo espetacular - disse Filipe, emendando a respeito de uma possível vantagem do Tricolor, credenciado à terceira semifinal seguida de Libertadores:

- De certa forma, sim (há vantagem), pois estão acostumados a lidar com essa pressão, mas cada jogo é uma história, um filme diferente. Eles têm essa tranquilidade por saberem o que esperar, porém também estão pressionados do mesmo jeito que estamos para tentar chegar à final.

A conversa com representantes da Conmebol ainda culminou em uma curiosa resposta quando questionado sobre o ímpeto de Everton, principal nome do rival da vez e companheiro de título da Copa América deste ano. Filipe Luís chegou a tecer comparações entre o camisa 11 do Tricolor e Hazard, astro do Real Madrid.

-  Ele (Everton) me deu uma Copa América, sou agradecido sempre pelo esforço, foi um prazer jogar do lado dele. Marcá-lo será diferente. Ele muita força na hora de arrancar, dribla com muita facilidade, sabe sair no meio de dois... Talvez seja o cara que mais me lembra o Hazard jogando. O Hazard gosta de jogar de costas para girar em cima do adversário, o Everton já joga mais de frente e temos que fazer uma marcação especial para tentar pará-lo. Precisam de dois jogadores em cima dele, é o único jeito, pois um cara desse pega um mano mano e, de dez, passa oito, sete, e o perigo está sendo criado. Não dá para deixá-lo jogar solto no campo. Quanto mais gente em cima, melhor.

O jogo da ida será realizado às 21h30 desta quarta. Já o da volta, no Maracanã, ocorrerá no mesmo horário, no dia 23 de outubro. O adversário saíra do confronto entre os argentinos River Plate e Boca Juniors. 

Confira outros trechos da entrevista (e a íntegra no vídeo abaixo):

OPORTUNIDADE DE JOGAR UMA LIBERTADORES

- Depois de 15 anos na Europa, jogando Europa League e Champions, tinha muito vontade de viver esse ambiente da Libertadores. Obviamente que, até hoje, nada vi como a Champions e Copa do Mundo... É muito superior, mas a Libertadores transmite um sentimento de luta, entrega e raça. A torcida parece que dá um extra no estádio. É gostoso, não me decepcionei com o que senti. Só joguei com clube brasileiro (Internacional), será assim novamente nas semifinais (Grêmio), ainda não tive a oportunidade de enfrentar um estrangeiro, mas é uma competição espetacular, e eu sinto que quer crescer, como o Brasileiro. Sou orgulhoso por fazer parte dos jogadores que já jogaram uma Libertadores.

SOBRE JORGE JESUS: 'UM ESPETÁCULO'

- Um espetáculo. Todo dia aprendendo muito com ele, não imaginei que aprenderia tanto nesta altura do campeonato. Ele me faz ver que não sei tudo de futebol. São ideias diferentes que a gente pega, têm coisas diferentes para passar para o jogador, tudo isso eu tento aprender o máximo para quando eu for técnico. Ele transmite força, intensidade e sabedoria do jogo, e faz com que isso se veja dentro de campo. Ele sabe como passar confiança e o que fazer no campo para ganhar os jogos. Está sendo muito legal estar trabalhando com o Jesus. Todos estão na mesma onda, no mesmo sentido, o que é fundamental para um time que quer conquistar coisas grandes. 

ENCERRAR A CARREIRA NO FLA?

- É difícil falar onde você quer encerrar. Não sei se o Flamengo vai me querer daqui a três anos. Você não controla o futuro. O meu pensamento foi esse, quando conversamos em Madri para acertar a contratação, de vir aqui, cumprir esses anos de contrato (até dezembro de 2021), continuar se estiver bem,  parar caso não (estiver bem), e tocar a parte do treinador, pois gostaria de ser. Mas agora é ter pés no chão e só pensar no próximo jogo.

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