‘Descoberta precoce contribui para aumentar chance de cura de tumor de Ederson’, diz médico

Chefe da Seção de Urologia do Instituto Nacional do Câncer, Franz Campos detalha que, embora seja doença rara e agressiva, câncer nos testículos tem boas chances de cura e retomada de rotina do meia do Flamengo 

'É difícil ter palavras, estou triste. Mas estou tranquilo, ciente dos dias que vem. Vai ser uma batalha da minha vida', diz Ederson
(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

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A divulgação de que Ederson está com um tumor nos testículos causou impacto e solidariedade na manhã desta terça-feira. Após a entrevista coletiva ocorrida no Ninho do Urubu, a solidariedade e a consternação marcaram o dia de futebol entre torcedores. Porém, as perspectivas de que o camisa 10 do Flamengo saia desta são favoráveis.

Chefe da Seção de Urologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o doutor Franz Campos apontou que a descoberta precoce contribuirá para o meia reagir bem ao tratamento: 

- Ederson teve uma grande sorte. A descoberta precoce é importante para combater um tumor no testículo. Apesar de ser uma doença agressiva e que exige tratamento rápido, o panorama da medicina favorece a cura quando a descoberta acontece logo. O atleta terá maiores chances de responder bem ao tratamento - afirmou, ao LANCE!.

O urologista detalhou como tende a ocorrer o tratamento para um tumor no testículo: 

- Além da cirurgia para retirar o testículo, drogas como a Cisplatina contribuem para o tratamento ser bem-sucedido. É bem verdade que a recuperação requer um longo tempo, tanto no período após a cirurgia quanto à maneira como ele reagirá a quimioterapia. Porém, depois deste período a tendência é de que a pessoa tenha uma vida normal. No caso do Ederson, assim como aconteceu com outros atletas, como o Nenê e o Abidal, ele tem grandes chances de retomar sua carreira normalmente.

Campos ainda apontou que a doença é rara, e afeta 1% dos homens, em geral entre 15 e 40 anos. No entanto, é muito fácil de diagnosticar o tumor nos testículos:

- Até mesmo durante um autoexame, o homem pode perceber um nódulo no local, e tem de consultar um médico. A vantagem para um atleta diagnosticar o tumor é que ele afeta dois marcadores: o Beta HCG e o alfa-feto proteína, que são germinativas, e isto aparece com facilidade em exames feitos pelos médicos dos clubes.

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