Wagner Pires fez gastos com chopp delivery e disse que não houve delito cometido com recursos do Cruzeiro

Outros gastos irregulares do ex-presidente da Raposa foram revelados, tendo até compras em clínicas estéticas e laboratórios clínicos

Foi o primeiro balanço da administração de Wágner Pires de  Sá, à esquerda, que iniciou o seu mandato em janeiro do ano passado
A gestão de Wagner Pires de Sá ainda gera controvérsias no Cruzeiro, mesmo com a sua renúncia, no fim de 2019-(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

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A farra com os cartões corporativos do Cruzeiro, promovida por dirigentes do clube, como o ex-presidente Wagner Pires de Sá, tem novas revelações sobre o caso e como a gastança era desenfreada na administração celeste.

Além de uma viagem de férias na Bahia, que custou R$ 14 mil aos cofres da Raposa, Wagner Pires de Sá fez o uso de dinheiro do Cruzeiro em restaurantes, bares que totalizaram mais de R$ 40 mil. A revelação da farra de gastos foi feita pelo portal Superesportes e confirmada pelo L!.

Ainda havia gastos com chopp delivery, clínicas de estética, laboratórios clínicos e até compra de meias de compressão. O total de gastos pode ultrapassar os R$ 185 mil. 

Wagner Pires se posicionou em nota sobre o assunto não dando a devida importância dos fatos e não viu como um delito ter utilizado dos recursos do clube para benefício próprio. Confira a nota abaixo.


Depois de não atender aos telefonemas da reportagem na quarta e na quinta-feira, Wagner Pires de Sá enviou nota na manhã desta sexta (24) para se posicionar sobre a série "Farra dos cartões'. Na resposta (leia a íntegra abaixo), ele mencionou os R$ 75.0940,00 gastos em restaurantes de BH (R$ 42.734) e de fora da capital (R$ 22.417) na clínica de estética (R$ 9.943) e com delivery de chopp (2.002,00). O ex-presidente, contudo, ignorou outros dispêndios, que totalizaram R$ 183.895,00 em dois anos.

O Cartão de Crédito Corporativo foi e é utilizado universalmente pelas empresas brasileiras e internacionais para cobrir eventuais despesas de seus dirigentes enquanto personalidades públicas; obrigados a frequentar e participar de encontros com empresários, autoridades públicas, chefes e diretores de entidades similares e congêneres; obrigados a comparecer em eventos festivos ou não; às vezes obrigados a presentear seus anfitriões promover encontros que indubitavelmente geram despesas.

Numa entidade como o Cruzeiro Esporte Clube, que não remunera seus dirigentes eleitos, criou-se, anteriormente por outras gestões passadas, com muita propriedade, a figura do Cartão de Crédito Corporativo, para exatamente cobrir tais despesas.

Ora, nas reportagens atuais publicadas pela imprensa, consta que em dois anos, janeiro de 2018 a dezembro de 2019, foram gastos através do cartão da presidência a importância de R$75.094,00, o que corresponde a um gasto médio de R$3.125,00 mensais.

Não vejo aí nenhum absurdo financeiro, mas sim, a eminente intenção de determinadas pessoas, que mais uma vez, fazendo uso de métodos baixos e rasteiros buscam denegrir a minha imagem pessoal com nítido intuito político e a clarividente intenção de cobrir com uma cortina de fumaça os reais problemas pelos quais vem perpassando o Cruzeiro por total incompetência em solucioná-los.

Estas atitudes não atingem somente a minha pessoa, mas a instituição maior que é o Cruzeiro Esporte Clube. Foi devido a estes ataques rasteiros, expondo documentos de interesse apenas internos da instituição, com viés de vingança e inveja cuja contenta, caso houvesse, certamente poderia ser facilmente resolvida em casa, que levou o clube a situação extrema de rebaixamento para a Série B.

O problema maior do Cruzeiro são suas dívidas acumuladas através de diversos anos passados sobrevivendo neste sistema inviável do futebol brasileiro. Portanto, mais uma vez, não me usem com
o “bode expiatório.

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