‘Se não mudar a atitude, não faz sentido ficar’, diz Ceni após goleada

O treinador do Cruzeiro se diz envergonhado do placar e pede que a postura do elenco mude nos próximos jogos da equipe no Brasileiro

Internacional x Cruzeiro - Ceni
Rogério Ceni usou palavras fortes para explicar a situação da equipe (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

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O técnico do Cruzeiro, Rogério Ceni, sintetizou o sentimento do torcedor do Cruzeiro ao dizer que foi “vergonhosa” a goleada sofrida para o Grêmio, 4 a 1, neste domingo, em partida válida 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Ceni estava visivelmente contrariado e disse que foi para a sua coletiva por educação e respeito ao trabalho da imprensa. 

- Eu também faço parte de tudo isso, apesar de ter chegado recentemente. Mas já são três semanas de trabalho. E, infelizmente, até me sinto envergonhado de vir aqui dar entrevista para vocês. Só venho por educação mesmo, para cumprir meu papel. Já perdi na minha vida em muitos jogos. Mas existem maneiras em que você é derrotado. A situação já é delicada, eu lamento por ter que vir aqui falar, não por vocês, mas pela situação vivida pelas derrotas, que foi no meio de semana e hoje também - disse.

Rogério exigiu mudança na postura do time e afirmou que, se não houver mudanças, não vê sentido em permanecer no clube.

- A única coisa que digo para você é que se for continuar no Cruzeiro, que seja de maneira diferente. Se precisarmos mudar drasticamente a situação, mesmo que a gente apanhe nos próximos jogos, a atitude nós vamos ter de mudar. Senão não faz sentido nem eu ficar aqui e muito menos comparecer depois do jogo para dar uma entrevista - comentou em tom enérgico.


Ceni não citou nenhum jogador nominalmente pelo jogo ruim, mas foi realista e disse que o campeonato da Raposa é contra a queda para a segunda divisão.

-Eu não sei explicar direito, mesmo porque qualquer resposta que eu der aqui, pode gerar mais problemas ao clube, e nós temos de se preocupar com o Cruzeiro neste momento. Já tem problemas suficientes para que a gente venha até o microfone e gere qualquer maior desconforto ao clube. O importante é que a gente pare de sonhar com essa coisa de Libertadores quando ganha um jogo, de ser campeão. Não, nós temos que enfrentar a realidade. Jogamos muitos anos no São Paulo e, em 2013, enfrentamos uma realidade que fugia do normal. Este ano, nós temos que nos preocupar em tirar o Cruzeiro de uma situação de rebaixamento para iniciar um ano de 2020 melhor - completou.

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