Eliminação expõe maior fraqueza do Corinthians na temporada
Setor criativo do time de Fábio Carille não funcionou no Maracanã, apesar da postura da equipe ter sido positiva no duelo com o Flamengo. Corinthians está em evolução
O Corinthians não fez uma má partida no Maracanã. Desfalcado de Fagner, Pedrinho e Mateus Vital, o time comandado por Fábio Carille acabou derrotado para o Flamengo, por 1 a 0, e se despediu da Copa do Brasil. O desempenho, embora elogiado, evidencia o maior problema do elenco alvinegro nesta temporada: a criação das jogadas de ataque.
Escalado com Jadson e Sornoza no meio de campo, e com Clayson aberto pelo lado esquerdo, o Corinthians teve dificuldades para chegar ao gol do Flamengo em jogadas trabalhadas. É bem verdade que o time paulista, sobretudo no primeiro tempo, criou perigo ao Flamengo. As chances, no entanto, nasceram de falhas do adversário.
Na etapa final, pressionado para buscar a vitória e manter-se vivo na Copa do Brasil, o Corinthians lançou-se ao ataque. O argentino Mauro Boselli, do meio do campo, acertou o travessão de Diego Alves. Minutos depois, Jadson encheu o pé e carimbou a trave esquerda do Flamengo.
A estratégia, no entanto, evidenciou as falhas criativas do Corinthians. Os defensores buscaram o centroavante Gustagol nas divididas das bolas aéreas para que houvesse alguma chance aos outros atacantes. O camisa 19 do Timão manteve o bom desempenho pelo alto, mas de nada adiantou.
As triangulações pela direita, que estão se tornando mais comuns com o entrosamento entre Fagner e Pedrinho, não aconteceram. O ponta Clayson, que costuma ser um desafogo pelo lado esquerdo, foi outro que não rendeu conforme o esperado. O meio de campo, mesmo com Jadson e Sornoza, também deixou a desejar nesse aspecto.
Diante de tudo isso, o desempenho do Corinthians ainda surpreendeu positivamente. A equipe não se omitiu dentro de campo e, apesar de todos os problemas, tentou buscar o resultado. A eliminação, claro, é péssima. O Alvinegro, contudo, seguiu demonstrando evolução e não foi tão defensivo quanto costuma ser.
