Cássio rechaça incômodo entre elenco e Carille no Corinthians

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Em momentos de instabilidade, nada melhor do que colocar um dos líderes do grupo para falar com a imprensa após derrota no clássico contra o São Paulo. Dessa forma, o Corinthians escolheu Cássio para conceder entrevista coletiva nesta terça-feira, no CT Joaquim Grava. O assunto, como não poderia deixar de ser, foi um suposto atrito entre jogadores e o técnico Fábio Carille.

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O goleiro, experiente, preferiu não polemizar e disse desconhecer qualquer tipo de entrevero entre as partes citadas. Para ele, uma das marcas do Timão é a união que existe entre jogadores, comissão técnica e diretoria.

- Na verdade, eu vou ser bem honesto, eu não tenho acompanhado muito essas notícias, até porque eu tento me blindar um pouco sobre isso, até porque quando você fala do descontentamento dos jogadores é algo difícil de responder, o grau de comprometimento de todos é muito grande. Muitas vezes vocês não acompanham o que acontece ali dentro, mas a interação do Carille com os jogadores não vejo ninguém incomodado - disse o goleiro, que foi além.

- Estou sendo bem honesto, todo mundo comprometido em se ajudar, eu acho que isso sempre foi uma marca muito forte do Corinthians, a união entre jogadores, comissão técnica e diretoria, então não vejo essa situação - comentou.

Ainda que não veja problemas internos, Cássio reconhece que o time não vem jogando bem e como isso acaba atraindo uma pressão ainda maior do que já existe no clube. No entanto, ele fez questão de valorizar os resultados conquistados até aqui e a busca por ficar entre os quatro primeiros do Brasileirão, já pensando nas recompensas da próximas temporada.

- Concordo que a gente não vem jogando um grande futebol, acho que a gente vem um pouco abaixo, mas se a gente for ver, os resultados são bons. Lógico que nós temos que melhorar, temos que evoluir, faltam 13 rodadas, a gente tem que se manter entre os quatro primeiros no campeonato, porque a gente sabe que disputar uma pré-Libertadores já começa o ano com uma pressão de classificar e hoje são dois mata-matas, então acelera o processo do time no começo de temporada - comentou o goleiro, que falou sobre a pressão.

- Estamos aí para se ajudar, lógico que, quando o time não está bem, não está ganhando as partidas, acaba perdendo um clássico, a cobrança é maior, a pressão é maior, mas falando de dentro do clube, eu converso com todo mundo, me dou bem com tudo mundo, não vejo isso que estão falando, que há descontentamento - analisou.

Por fim, ele voltou a negar o descontentamento interno dos jogadores com o atual treinador e acredita que algumas coisas que têm sido faladas não são verdades, mas defendeu o direito de cada um se expressar da maneira que achar conveniente, além de elogiar a entrega dos companheiros.

 - Acho que o jogador e o treinador podem falar o que pensam, cada um tem seu jeito de pensar, mas não vejo atrito, descontentamento, nível de treinamento alto, os jogadores que não vem jogando, vem fazendo treinamentos muito bons. Então eu acho que algumas coisas não são verdades e isso em uma situação que o time não vem tão bem e acaba perdendo um clássico, esse tipo de notícia cai tudo junto e acabam trazendo coisas negativas.

O Corinthians volta a campo nesta quarta-feira, às 21h30, para enfrentar o Goiás, no Serra Dourada, pela 26ª rodada do Brasileirão-2019. Atualmente o Timão ocupa a quarta posição na tabela com 43 pontos, quatro a mais do que o Internacional, o primeiro fora da zona de classificação para a Libertadores.