São Petersburgo volta ao normal e tem clima de ‘fim de Copa’ pré-semi

Sem a presença de nenhuma seleção latina, a segunda maior sede da Rússia vive dias de pouca festa. Brasileiros tentam vender ingressos, enquanto franceses e belgas são raridade

Praça do Hermitage, grande museu de São Petersburgo, onde já há pouco movimento de torcida
Praça onde fica o Hermitage, um dos principais museus de São Petersburgo, já com pouco movimento de torcedores antes do fim da Copa (Foto: Fifa.com)

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A Copa do Mundo ainda não terminou, mas a Rússia começa a voltar à sua rotina normal. Em São Petersburgo, segunda maior sede do Mundial, a agitação diminuiu nos últimos dias e a cidade passou a ter clima de mais tranquilidade antes da semifinal entre França e Bélgica desta terça-feira.

São Petersburgo ficou marcada como uma das cidades mais animadas da Copa, com muita concentração de torcedor e baladas - é considerada por muitos a mais bela cidade do país. Desde o fim de semana, porém, quando apenas seleções europeias ficaram no Mundial, é difícil encontrar torcedores uniformizados nas ruas e pontos turísticos. Franceses e belgas são raridades. 

Há um pequeno grupo de brasileiros na segunda maior cidade da Rússia. A euforia de quando a Seleção ainda estava na competição, porém, morreu. Nada de "Messi, tchau!", "Em 58 foi Pelé..." ou "Mil gols". Alguns ainda tentam vender o ingresso para semi, comprado antecipadamente com a esperança de que o time de Tite chegaria entre os quatro melhores. Outros torcedores com a camisa amarela resolveram entrar na Arena Zenit para ver França x Bélgica.

A eliminação da anfitriã Rússia e a ausência de seleções latinas na parte final da Copa contribuíram para o público menor e movimento mais tranquilo nas ruas de São Petersburgo. Até cambistas estão com dificuldades para negociar ingressos, e consideram que isso seria mais fácil caso Uruguai, Argentina, Colômbia, México ou Brasil, por exemplo, ainda estivessem na disputa. No mercado paralelo, um ingresso de 480 dólares estava custando 1500, na véspera do jogo. "A queda dos latinos foi uma tragédia", relatou um colombiano que viajou ao país da Copa com mais entradas para vender.

Da lista dos dez países que mais compraram ingressos, cinco são latinos: Brasil (3) com 65 mil ingressos, Colômbia (4) com 60 mil, México (6) com 51 mil, Argentina (7) com 44 mil e Peru (8) com 38 mil. Das quatro semifinalistas, nenhuma aparece entre os dez. A melhor colocada é a Inglaterra, em 11º, com 32 mil vendidos. Dos europeus, apenas Rússia, em primeiro, claro, e Alemanha aparecem entre as "dez mais". 

Apesar da "fuga" do público, a Arena de São Petersburgo estará lotada para a semifinal entre França e Bélgica. O estádio, um dos maios modernos da Copa, tem capacidade para cerca de 69 mil pessoas. Foi o palco da vitória da Seleção Brasileira por 2 a 0 sobre a Costa Rica na fase de grupos.

Depois da semifinal desta terça, São Petersburgo ainda recebe a disputa do terceiro e quarto lugar no próximo sábado. A outra semifinal será entre Croácia e Inglaterra nesta quarta no Estádio Lujniki, em Moscou, mesmo palco da final do próximo domingo. A capital ainda respira futebol mais forte, mas o clima de fim de Copa já chegou. 

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